DEPOIS DE UM ENCONTRO

Vasconcelos era o sobrenome de uma das famílias de três rios. E Inês era a caçula dessa família. Ela, essa menina, tinha apenas 12 a nos de idade, sua estatura? Cumprida igual a uma mangueira, e fina igual a um bambu. seu melhor amigo se chamava Rodolfo. Rodolfo Sanches. Num dia comum como qualquer outro, a mãe de Inês pediu que ela acompanha-se sua tia até a farmácia. Atravessando a ponte a caminho da farmácia, escutou entre outros gritos, a voz de seu amigo. Ele anunciava uma mistura de diferentes sabores de bala. Ao lado dele um cartaz escrito: "AJUDA QUEM PODE". De volta ao seu lar, Inês contou tudo para sua mãe. que ficou perplexa ao ver o amigo, e que não havia sentido um menino como ele, cheio de sonhos e expectativas, estar ali naquele estado. De hora em hora dava um pulo no quarto de seus pais com uma nova solução ou uma resposta que explicasse o fato dele está ali. E assim seguiu seu dia a dia, durante duas semanas.

_talvez seja para arrecadar dinheiro para a gincana da escola.

_Ou talvez engravidou alguma menina por aí, e estar tendo que sustentar. _Falou sua tia, após Inês dar a sua sugestão ao caso.

_ Francamente. - espraguejou a menina em resposta.

Sua mãe se manteve calada desde o primeiro momento que sua irmã e filha chegaram da farmácia. Sabia da semelhança entre as duas. Apesar da pequena discórdia, ambas se pareciam muito. Andar altivo, pisadas de garça e pose de madame.

Havia no bairro, uma Igreja de Deus onde incentivava os meninos a fazerem caridade, aos necessitados. Isso voluntariamente, segundo o propósito de seus corações. Os pais de Inês iam frequentemente a essa Igreja. E ali aprendiam muitas coisas sobre a doutrina de Deus. Por outro lado, a filha mais nova do casal, por ter sido criada com muita manha e quase nenhuma disciplinação, mostrava dificuldades em compreender e obedecer a palavra. Não significava que ela era uma pessoa má, mas sim ignorante segundo os ensinamentos de Deus. Já Rodolfo , seu amigo, foi educado pelos avós, dois bons velhinhos tementes aos mandamentos do Pai. Moravam numa casa simples de telhado enfeitado por pedras colocadas em cima das goteiras.

Inês com toda sua posição e colocação, não soube como ajudar. Sua preocupação sobre o colega adormecia com a preguiça, a gulosice e com a vaidade. Entretanto quando o avistava de longe algo despertava dentro de si. E dentro de um mês conseguiu com a mãe decifrar , que Rodolfo não estava pedindo, mas sim tentando ajudar os pobres. No cartaz por conhecidência deixou explicito, o que a amiga de classe ainda não conseguia praticar, "AJUDA QUEM PODE"

Então Inês sussurrou. _ Como eu poderia imaginar?

Moral da história : Nem tudo é, o que parece ser.

ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 07/11/2016
Reeditado em 07/11/2016
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