INSÔNIA
INSÔNIA I
Há algum tempo que ele não aparecia. Sempre tivera a sua presença por perto, no entanto, já fazia um bom tempo que ele sumira, mesmo assim o esperava todas as noites. Acreditava que a qualquer momento ele retornaria para lhe fazer companhia, pois não conseguia viver sem a sua presença. Essa ausência repentina e sem motivo aparente incomodava. Precisava dele em sua vida.
Não sabia ao certo por que havia ido embora, assim de repente. Fazia de tudo para que ele voltasse, às vezes achava que só dependia de sua própria vontade. Talvez o estresse do dia a dia, a rotina, os problemas pessoais o tivessem afastado de sua vida. Não sabia ao certo. Tentava de tudo para suprir a ausência dele, desde terapia ocupacional, sessões no psicólogo, até o uso de remédios que amenizassem a falta que sentia dele. Nada disso adiantou.
Então naquela noite decidiu esquecê-lo. Não queria mais se preocupar com isso. Viveria mesmo sem ele. Arrumaria um jeito de não sofrer mais por isso.
E foi assim que resolveu viver a partir daquela noite que aos poucos foi acalentando sua alma, até que já não podia mais perceber a presença dele velando enfim o seu tão esperado descanso, pois havia adormecido depois de tantas noites em claro esperando por isso.
INSÔNIA II
Há algum tempo que ele não aparecia. Sempre tivera a sua presença por perto, no entanto, já fazia um bom tempo que ele sumira, mesmo assim o esperava todas as noites. Acreditava que a qualquer momento ele retornaria para lhe fazer companhia, pois não conseguia viver sem a sua presença. Essa ausência repentina e sem motivo aparente incomodava. Precisava dele em sua vida.
Não sabia ao certo por que havia ido embora, assim de repente. Fazia de tudo para que ele voltasse, às vezes achava que só dependia de sua própria vontade. Talvez o estresse do dia a dia, a rotina, os problemas pessoais o tivessem afastado de sua vida. Não sabia ao certo. Tentava de tudo para suprir a ausência dele, desde terapia ocupacional, sessões no psicólogo, até o uso de remédios que amenizassem a falta que sentia dele. Nada disso adiantou.
Então naquela noite decidiu acabar com esse sofrimento. Faria com que ele aparecesse, por bem ou por mal. Só não queria mais viver daquele jeito.
E foi assim que resolveu viver a partir daquela noite que aos poucos foi escurecendo a sua razão, até que já não tinha mais como voltar atrás, e quando seu corpo atingisse a calçada lá embaixo viveria enfim para sempre com ele uma noite de sono eterno.
“Mas um conto é apenas um conto, que eu conto, reconto e transformo em outro conto.”
(Marina Colasanti)