BICHO NO MATO
POECONTO – II - 24/03/2014
BICHO NO MATO
Não era um dia comum
Nem uma manha qualquer
Em um milhão era aquele um
Que não pertence a quem quiser.
E éramos sete a brincar
Como se a vida fosse só festa
Sem pensar nem se importar
Com esse tempo que nos resta
Camila e Pedro, sempre dispostos.
A entrar na brincadeira
Firmes em seus postos
Com a alegria mais verdadeira
Daniel e Fernanda na diferença
Para o compasso da diversão
Mostrando qual rica é a presença
De quem tem nobre coração
Felipe e Pedro Henrique
Era o toque fundamental
Eu, achando tudo lá, muito chique
Com crianças sempre é mais legal
Entre a corda e a peteca
A bola e a piscina
A vida sempre sapeca
A cada nova coisa que ensina
É que a bola parecendo viva
Resolveu fugir das palmadinhas
E se refugiou muito altiva
Entre os arbustos e as florezinhas
Durante o resgate da atrevida
Um som causou espanto e correria
_ Tia, um bicho, lá no mato grita.
E o medo espanta a alegria
Cuidadosamente fomos examinar
O tal bicho que espreitava
As crianças a brincar
E que aos gritos se revelara
Oh! Há surpresa em gargalhada
Que não era apenas minha
Pois em meio à folharada
Apenas chocava uma galinha