ALÉM DE BURRA, É BURRA
Encontrei uma moça, cabelos dourados, rosto sardento, andando pelas ruas da minha cidade numa certa manhã de domingo em uma semana que não importa, o mês muito menos, a estação pior ainda por mais que eu vá dizer-lhes, mas num calor infernal que deixava sua camiseta grudada em seu corpo. Dizem que é o aquecimento global, mas vejam Nova Iorque, e olha que estamos no inverno aqui no Brasil! Vai entender.
O problema do calor é que a água já está escassa, suas gotas são preciosas, uma garrafa já custa um corpo nu, uma boa oportunidade para os adeptos da área para manter o corpo bem nutrido. E confesso que já vi pessoas se alimentando do próprio suor. É salgado, ok. Vai entender.
Retornando à nossa personagem, que usava o suor que pingava do seu nariz para molhar as pétalas das plantas de sua casa. E jurava de pés juntos não entender o porque de as folhas estarem secando. Não que esta seja uma história típica de loiras com codinome burra, como diz a linguagem popular. Mas esta, além de burra, era burra.
Jamais usaria seu corpo para garantir água, por mais que ao meu ver, seja muito bonito. Em uma conversa que tive com a dita, presenciei uma bela demonstração de inteligência. Ela dizia ter descoberto os princípios da propagação das ondas, e para comprovar, deu um tapa em sua própria coxa. Assim pude observar a gelatina em formato de gordura oscilar durante alguns segundos. Ok. Além de burra, era burra.
Levei-a no médico, e ela estava nas mais perfeitas condições mentais. Já em casa, vi que ela tentava se secar com uma toalha molhada.
Jamais entenderei.