Aprendizados Malditos
A mesa posta do jantar esfriava oposta às têmporas de cada um naquela mesa que fervia. Todas as bocas abertas e ninguém sabia o que dizer. E bem sabiam os ali presentes que não era a primeira vez. Já havia sentido o mesmo calo nas cordas a avó do tataraneto. O mesmo estúpido nó na garganta. Será um desfortúnio do destino? Mal dita maldição! O que será dos Silva? A criancinha recurvada em ombros nos ouvidos não entendia nada. E jamais dizia também, nem perguntava. Aprendia pouco a pouco a pouco falar sobre tudo. Estavam ali, todos os rastros das más alianças. A recém-casada sobrinha, a mais nova das meninas, sentada ali de olho roxo e fratura na mão. Seria mãe, mas não havia mais bebê. Só um beberrão de um sarcástico esposo que insistiam em lhe dizer, ela que tinha de obedecer.