SUA FALTA


Acordo pela manhã, ainda inebriado pelo sono que me embalou na madrugada quente de verão. Levanto-me da cama e vou em direção à cozinha, cumprir a rotineira e ritualística tarefa de preparar meu Café, forte e meio amargo. O cheiro instigante do pó preto invade o ambiente, enchendo minha boca d'água.

Com o café pronto e as torradas passadas no requeijão cremoso; faço minha bandeja e vou para o meu cantinho. Minha poltrona branca e florida em cáqui me aguarda macia, na varanda do meu quarto.

A manhã ensolarada traz meu bom humor à tona, fazendo mais saboroso o meu desjejum.

Que vista perfeita! Enquanto saboreio as torradas, vejo um casal de tucanos em cima do coqueiro baiano em meu quintal, mordiscando suas frutinhas e matando sua fome. Que lindas aves são elas; com seus bicos coloridos e penugens pretas, ficam por um bom tempo à minha frente, banhando-se no sol e desfrutando do coqueiro.

Neste ambiente perfeito de prazer e bem estar, ela vem à minha mente. Sua voz a me desejar um bom dia é tudo o que me falta. O toque dos seus lábios em minha pele, o carinho de suas mãos que sempre massageavam minha nuca; a sua xícara presente na bandeja. Essa era a mais perfeita rotina que eu poderia desejar.

– Meu deus, querida; quanta falta você me faz!


 
William Holanda Mesquita
Enviado por William Holanda Mesquita em 10/09/2013
Reeditado em 11/09/2013
Código do texto: T4475619
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