BARULHO CORRIQUEIRO.
Ouviu-se um estampido de espoleta,
Mais nada alem de um barulho corriqueiro,
Como é a vida nas mais diversas facetas,
Ventos assopram em descampados e floretas,
Cantam os pássaros fazendo a moda a sua festa,
Nascem riachos no chorume dos lixões, e vão
Seguindo pro lado que a terra desce, e se ajuntando, com outras hostis nascentes que dão volume mais adiante a um rio, que continua bailando pro seu destino determinado pela inclinação do solo, que via de regra leva suas águas pro mar.
Dar-se por falta de um moço ainda jovem, que antes de ontem saíra para um piquenique, com seus amigos de relações permanentes, sem previsão para o retorno ao seu lar, bastou então o telefone tocar, e uma voz aveludada do outro lado, com estranheza perguntou com quem eu falo?, disse o mordomo identifique-se por favor, o tom de voz emudeceu por um bom tempo, quando voltou foi questionando atrapalhada, onde estaria seu querido namorado.
Disse o mordomo ele saiu com alguns amigos,
Já faz três dias e ainda não voltou, estupefada ela
Disse ó meu senhor, eu sou da turma que esteve com ele até ontem, e ao meio dia ele sozinho se retirou, alegando compromissos inadiáveis, é fato estranho que por aí ainda não chegou!.
Lembra o mordomo duma noticia na TV que dava conta de um balaço destes fatais, na guerra insana entre uma tropa de elite, na formação de aspirantes policiais, fora um engano no suprimento de festim, onde um cartucho era potente e letal, e justamente este acertou o dito moço, que faleceu inda a caminho do hospital.
Esta família enlutada e impotente, sepulta um membro em sua fase inicial, e ficam céticos entre o conceito do bem, e do mal.
As corredeiras vão ganhando mais volumes, e recebendo poluição de todo tipo, a maldição desfaz a vida a principio, morrem os homens e agonizam muitos rios, mas é preciso acreditar na força maior, as águas sujas são lavadas no oceano, e espírito humano faz seu progresso como pode, mata-se o corpo mais a entidade sempre eclode.