O COLAR DE DIAMANTES
O COLAR DE DIAMANTES
Um riquíssimo fazendeiro tinha uma filha casadoira muito bonita. Porém, na redondeza onde eles moravam não havia rapaz que se interessasse pela donzela, pois, seu pai tinha a fama de ser muito bravo e quem quisesse casar com sua filha tinha que lhe dar um presente valiosíssimo, além de trabalhar para ele durante dez anos.
O tempo passou e um dia apareceu na fazenda um rapaz da cidade que ficou sabendo da história. Ele conheceu a moça e se encantou com sua beleza e prendas. O pai da moça gostou do rapaz e lhe disse o que tinha para dizer. O moçoilo então concordou com os dizeres do fazendeiro e pediu-lhe um mês para voltar e acertar o compromisso e trazer o presente para a amada.
Na data marcada o jovem aportou na casa do futuro sogro. Trouxe ele um lindo colar de diamantes e presenteou sua amada. Ela agradeceu o mimo e o rapaz na mesma data começou a trabalhar para o pai da moça.
E o tempo passou célere. Dia depois de dia. Noite depois de noite. Entrava noite ia-se o sol. As estrelas no firmamento testemunharam o trabalho do moçoilo. E o tempo urgia e rugia. O moço trabalhava forte. E a moça cada dia mais e mais aprendera a amar aquele moço bom, humilde e trabalhador.
Entretanto, em um domingo, depois do almoço o fazendeiro deu a notícia: o colar sumiu... Mas como? Perguntou o rapaz. O fazendeiro falou: minha filha foi banhar-se no riacho e voltou sem ele... De imediato o rapaz se propôs a procurá-lo e saiu para tal.
O moço procurou pelo ribeirão que cortava a fazenda até que chegando junto à margem viu um reflexo no fundo do ribeirão... A água estava meio turva mas dava para ver que se tratavam de pedras reluzentes, brilhantes ao sol incandescente da tarde. Ele então mergulhou o braço para pegar as pedras e nada. Então adentrou na água e nada de achar as pedras... Então já desolado sentou-se à margem do ribeirão a pensar...
Passado um tempo aproximou-se dele o patrão e perguntou ao moço o que ele fazia ali sentado, já que não tinha nenhuma vara de pescar à mão. E o moço contou metade da sua história de vida, inclusive que tentou pegar as pedras brilhantes no fundo do ribeirão e não conseguiu seu intento.
Aí... Aí o patrão perguntou ao rapaz:
- Você já olhou para cima?
E a resposta:
- Não!
- Então olhe.
O rapaz olhou. E lá estava o colar de diamantes dependurado no galho da árvore!
E no ano seguinte o casamento realizou-se com a devida pompa e festejo.
F I M
PS: Conto fundamentado no sermão do Padre Fernando, da paróquia de Santo Inácio de Loyola/BH, feito na missa de 5/8/2012.