A MÁQUINA DE CORTAR CARNES
A MÁQUINA DE CORTAR CARNES
Há muitos anos viveu em nossa cidade um grande inventor. Pouca gente testemunhou o fato. Ele era uma pessoa reservada. Tinha poucos amigos. Talvez tivesse até medo de ser criticado por suas invenções. Só sei de seu nome porque na época que ele veio aqui morar eu trabalhava no Banco Comercial do Paraná, como contínuo, e era eu quem levava os avisos bancários para aquele senhor. E naquela confusão de seu ninho, naquela escuridão, onde existiam muitas peças, parafusos e pouca luz que não me deixava visualizar o seu rosto. Só sei que usava óculos. Por causa da segurança. Ele estava sempre soldando alguma coisa.
Naquela época, nos anos sessenta, os açougues sempre ostentavam logo atrás do balcão, um enorme cepo. Neste cepo eram cortados os ossos das vacas. Era usada uma machadinha com a qual o açougueiro dividia suas peças de carne. Tudo muito rústico. Sem higiene.
Então o nosso Professor Pardal e seu Lampadinha, acenderam a lâmpada de suas inteligências e começaram a bolar uma invenção que veio revolucionar o comércio de carnes.
Depois disso o Sr. Manoel Terron Filho, se fechou no seu escritório e começou a bolar uma máquina que viria facilitar a vida dos açougueiros todos. Ele já mexia com motores e não lhe foi difícil adaptar um motor numa serra circular, como aquelas usadas nas serrarias. Começou com um pequeno balcão. E “eureka” conseguiu atingir o seu objetivo, nascia a máquina para cortar carne. Foi um sucesso total. Atualmente devem existir muitas fábricas. Mas foi o seu Manoel Terron Filho quem a inventou nos anos sessenta.
Joaquim Távora, 15 de julho de 2012. By Theo Padilha.