Conto #035: O INTERDITADO Parte 1/4
Tudo transcorria normalmente.
Naquela noite, Amélia preparara o jantar predileto de Dr. Anastácio, clinico e cirurgião geral muito competente da Cidade de Alto Belo. Era uma comida caseira, uma canja de arroz com feijão e outros ingredientes, segredo de família, mas de sabor irresistível. O Júnior jantou mais cedo e logo foi dormir. No dia seguinte teria prova de Matemática.
Amélia começo a se incomodar com o atraso do marido, algo incomum. Em tudo o Dr. Anastácio era pontual e por nada se atrasava, principalmente para voltar ao lar e deliciar aquele suculento prato. Jamais! Porém já passava das vinte e nada de seu esposo chegar. Telefonou para o consultório. O telefone chamou até desligar; nenhuma resposta. "Que coisa mais estranha!", pensou ela. "Isso nunca ocorreu antes.".
Aflita, Amélia telefona para Justos, seu irmão. "Delegacia de Polícia! Aqui fala o Delegado Justos. Em que posso ajudar?", atende do outro lado da linha.
- "Justos! É a Amelia! Até agora o Tacim não chegou em casa e eu liguei para o consultório e ninguém atende. Você poderia, por favor, ir até ao consultório dele ver o que está acontecendo? Não custa nada, já que é vizinho à Delegacia. Faz isso por sua mana?"
- "Claro, Maninha! É pra já!" e saiu em seguida para o consultório do Anastácio. As portas estavam apenas encostada. Ninguém na recepção. A porta do consultório estava entreaberta e um cheiro estranho pairava no ar. Cuidadosamente ele abre a porta do consultório e fica estarrecido, respiração ofegante, coração em disparada. Era muito difícil crer na cena que viu.
[...]
Continua no próximo episódio...