João e os tempos, os Tempos e joão.

Um dia João abriu um livro e começou a estudar o passado: Opressão, guerras, gente morrendo, revoltas. As bombas estavam por todos os lados, os gritos, o sangue, as cápsulas de balas nos cantos das calçadas. As músicas censuradas, os artistas sendo caçados. Os únicos felizes eram os mortos.

Então João fechou o livro, e olhou pela janela: Poluição, falta de amor, preconceito, diferença social. As modinhas estão por toda parte, pessoas sem opinião própria, vergonha de admitir que gostam de Caetano, Ivan, Renato... Mas ao contrário do passado, as músicas não são mais censuradas, as pessoas têm livre forma de expressão, estão surgindo novos abridores de olhos. Os felizes não são só os mortos.

João agora olha o futuro: pessoas ainda sem opinião própria, ainda poluição... Mas ao contrário do presente, o amor e a racionalidade andarão juntas, e serão esses dois elementos, que enfim juntos, farão João perceber que os felizes são os que amam viver racionalmente.

E uma lágrima cai do olho de João.