Usar o DOM...
Carlos nasceu com um problema de coordenação motora. Desde muito novo, sofreu com o preconceito. Seus colegas na escola não gostavam de brincar com ele, pois ele era muito lento em tudo que fazia. Suas mãos não fechavam por completo, por isso não conseguia segurar uma bola, ou correr atrás de alguém, pois suas pernas não eram fortes ou rápidas o suficiente para conseguir alcançar ninguém.
Ele cresceu ouvindo coisas do tipo "você não presta, você não vai conseguir nada na vida, você é um perdedor, você é anormal". Por mais que seus pais lhe dissessem que nada daquilo era verdade e que todos sentiam inveja dele, Carlos não podia deixar de se sentir mal por isso. Ele começou a desenvolver uma barreira entre ele e todos os outros. Uma barreira invisível, que só ele sabia existir.
Sua diversão consistia em ler livros de todos os tipos, escrever, pintar e desenhar/projetar maquetes de casas e prédios. Seus pais se preocupavam com seu comportamento e procuraram médicos especialistas para ajudar seu filho. Os médicos pouco puderam fazer por ele. Carlos, desenvolveu o gosto por teatro e televisão. Certo dia, ele foi assistir uma peça de teatro e amou aquilo que viu. Desde esse dia, Carlos decidiu escrever peças de teatro. Sua abilidade com as letras era impressionante. Ele conseguia montar um texto com vários personagens, em poucos minutos. Suas histórias eram tão emocionantes, que pareciam verdadeiras.
Aos dezoito anos, Carlos enviou várias de suas peças a um dos melhores diretores de teatro do país. Recebeu vários nãos. O que é comum, neste ramo. No entanto, uma dessas peças escritas por Carlos chamou muito atenção de um ator muito famoso e querido pelo público. Depois de algumas mudamças no manuscrito, a peça foi lançada e Carlos foi convidado a participar na peça.
A história era sobre um menino cego que conseguira lançar um livro através de suas gravações. Todas as noites, este menino gravava um pouco da história em seu gravador portátil. Ao fim de alguns meses, sua história estava completa. Um editor interessou-se pela história e decidiu publicá-la. As pessoas tinham o direito de saber que um menino, cego e sem meios de se curar, também possuía um talento enorme. O talento de tornar um sonho, em realidade.
Carlos recebeu aplausos de todos que assistiram a peça. Os convites para participar e escrever outras, não pararam desde então. Carlos hoje, publica livros e ajuda nas pequisas de escritores internacionais. A frase que mais marcou sua vida, foi aquela que ele mesmo escreveu no roteiro do seu primeiro filme.
"Todos nós possuímos um DOM, por vezes não sabemos qual é, mas ele está lá. Descubra-o, desenvolva-o e engrandeça sempre".