Escambo no Supermercado.
Não gostava de estocar. Por isso ia ao Supermercado todos os dias. Comprava de pouco em pouco. Passava pela mesma Caixa, todos os dias a mesma atendente. E todos os dias o troco que recebia era dado em balas. Reclamou. Queria dinheiro. Não gostava de balas. Não queria balas. Bala não era dinheiro. Não adiantou. Nunca tinham troco. Foi então que ela tomou a decisão. Passou a guardar as balas diariamente, em um pote. A cada ida ao Super Mercado o seu estoque de balas aumentava. Quando o pote encheu, ela calculou mais ou menos o quanto valia em dinheiro e foi para o Super Mercado levando-o com ela. Deixou-o no Guarda Volumes e quando a atendente perguntou vai pagar em cheque, cartão ou dinheiro ? : Dinheiro respondeu. Assim que a atendente acabou de passar as compras, como se estivesse lembrando, falou: Ah!, Espere um pouco vou buscar o dinheiro. Voltou do Guarda Volumes com o pote de balas e despejou- o em frente à moça. Para que isso? Perguntou ela. Para pagar minhas compras, respondeu, mal disfarçando o sorriso. Não posso aceitar, retrucou a moça, isso não é dinheiro. Claro que é, foi o que ela falou. Você ia me dando o troco e eu fui juntando. Se era dinheiro para me dar de troco, é dinheiro para pagar as compras. A pobre moça não sabia o que fazer. Chamou o gerente que também não sabia o que fazer. Mas observando o grupo de curiosos que se ajuntava ao redor e começava a dar palpites, resolveu despachá-la com as compras. As balas ficaram, em pagamento. Nunca mais aquele supermercado usou balas para substituir o dinheiro.
(História Verídica com pequenos enfeites prometida ao amigo Iratiense)
27 da série Pequenas Histórias Encantadas
(História Verídica com pequenos enfeites prometida ao amigo Iratiense)
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