A Grande Árvore
A grande árvore
José é um homem - e um operário exemplar, cumpridor dos próprios deveres a risca, ao término do expediente, ele ia direto ao ponto do ônibus; apanhava-o e dirigia-se direto para a casa, sempre acompanhado do melhor amigo, o Antônio, (ambos eram vizinhos).
O Antônio passou a observar o amigo José, que ultimamente, andava meio taciturno, porém; para não magoá-lo, não tecia comentário algum.
Passaram-se os dias e certa vez, o José convidou-o a ir até a casa dele para bebericar uns aperitivos, e a jogar conversa fora. O Antônio aceitou o convite alegremente, talvez fosse essa a oportunidade de ajudar ao amigo a relaxar-se.
Ao chagar em casa, o José pediu ao amigo que esperasse um pouco e dirigiu-se a uma árvore do jardim, afagou os galhos, beijou-os e disse-lhe algumas palavras, (como se a conversar com a árvore estivesse), depois disso, retornou ao amigo. O Antônio ficou admiradíssimo com a mudança ocorrida no amigo, de uma apatia absoluta, passou a uma felicidade extrema, mas nada comentou. José convidou-o a entrar na casa e apresentou-o à mulher e aos filhos, sempre com aquele ar de felicidade.
Ao despedir-se do José para ir-se, o Antônio não se conteve da curiosidade e perguntou. José; há dias que venho a observá-lo, depois que você sai da fábrica, torna-se apático, taciturno; durante todo o percurso do ônibus fiquei a observa-lo, todavia ao chegar, logo dirigiu-se àquela árvore e ficou a falar com ela, como se a conversar com a árvore estivesse, e ao retornar, o seu semblante modificou-se, de apático para felicidade total, como explicar isso meu amigo!
O José tomou-o pelo braço e ambos dirigiram-se até aquela árvore e ele disse ao Antônio, esta é a árvore dos meus problemas; todos os dias ao retornar do trabalho, eu dirijo-me a ela e peço-a que guarde todos os meus problemas, e pela manhã ao sair, novamente dirijo-me a ela a recolhê-los de volta, porém ao fazer isso, os meus maiores problemas, misteriosamente desapareceram.
Autor desconhecido:
Revisado por Raimundo Chaves.