A MANTEIGA DERRETIDA

Era um belo sábado, por volta das oito horas da manhã, quando ela se preparava para sair daquele lugar tão quentinho e seguro, por força da natureza, que não brinca em serviço...

A parteira se preparava...

O Sol brilhava e uma banda tocava...

Ôpa!!!...

Escorregou ....e caiu no mundo ! E chorou...chorou!!!

Essas foram suas primeiras emoções nesta vida... Com o passar dos anos, lembrou, que ainda com a chupeta na boca, um dia, em frente à sua casa, (morava numa chácara), advertiu, quase chorando , um homem que batia com o chicote em seu cavalo.

Menininha chorona, chorava à toa... E por isso ganhou o apelido de: Manteiga Derretida !....

Sonhava nessa época, em sair vestida de anjo, na procissão do bairro e enquanto as outras meninas não tinham a menor noção do que era sair de anjo, ela lembrava que não era só se vestir de "anjo", tinha que ter sentimento de "anjo" !!!

Sua mãe começou a ficar doente nessa época, acometida de uma estranha doença psíquica...Quando a coisa piorou, teve que aprender a cozinhar, com apenas cinco ou seis anos... Cozinhava em cima de uma cadeira para alcançar as panelas em cima do fogão à lenha...

Ficou conhecida como a menininha que já sabia cozinhar... Foi nessa época, que seu pai procurou ajuda em centros espíritas de Jundiaí , Campinas e São Paulo. Nessa época, era comum, quando alguém da família ficava doente da mente, internavam-na no hospital psiquiátrico- Juqueri-SP.

Graças a Deus e a muitos excelentes médiuns, sua mãe conseguiu melhorar e alcançar o equilíbrio mental e espiritual novamente...

Mas a Manteiga Derretida continuava a levar tudo muito seriamente ...Suas brincadeiras eram entremeadas sempre com arte: teatrinho, declamação, canções, etc...

Quando ela declamava ou cantava, as vizinhas vinham ouvi-la, atrás das cercas que separavam os quintais... Recebia muitos aplausos...

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(continua na próxima)