Contos Uivantes 3
Vento uivante, ferozmente cantando agora me trouxe a chuva do canto do sono, lenitivo a tantas reflexões quantas gotas translúcidas caídas e ventadas de cima abaixo,fazendo sombra em finos fios, rios compridose sombrios.
A relva sedeita, fech'orelhas e olhos e fala,pingando as doçuras ao chão morno, que retruca dessedentado em seu perfume ocre selvagem.
As sombras da chuva ao vento uivante fazem fluir o Mistério das mil vozes do céu se encontrando em mim, pausando meus trovões e raios interiores.
Onde a lua perdida? Fugindo para dentro da chuva uivante, para dessedentar sua secura brilhqante nas sombras deslumbrantes caidas do céu aberto.
E eu chorei nas lágrimas da chuva, selando o matrimônio perfeito, florescido nas águas encantadas e divinas.
Nascido o silêncio! Não acordemos a relva dormindo em prece ventada; após despertar vibrará ela em suas nuances coloridas...e de horizonte em horizonte, copiarei as cores com que a vida vestirá minhas faces, minhas esperanças e meu amanhã.
Santos-SP-07/04/2006