CONTEMPLAR
CONTEMPLAR
Certa vez com um pouco de compreensão e também um tanto quanto receoso comigo mesmo, já ia alto a aurora, buscando certeira o chegar do anunciar da tarde, e assentado sobre a calçada.
Com os olhos fitados, no horizonte que se projetava em minha frente. Fui levado devagarzinho junto com as partículas a vagar solto no horizonte conduzido pelo vento que passeava lentamente por todo meu ser, acariciando-me por completo.
E ali estava apenas para descansar de uma longa corrida após o dia todo de suor debaixo do sol, com os membros exaustos e os órgãos também. Só que sem nada saber, e nem porque, permanece quieto ajeitei-me e encostei as costas na parede, espichei-me e bem devagar fui ajuntando os joelhos e dobrei os braços sobre eles, encostei bem devagar o queixo em cima dos braços e com os olhos fixos no horizonte, comecei a percorrer a estrada. Com calma e com muito cuidado para degustar cada instante da caminhada, com bastante carinho tocava cada parte de meu ser de encontro com a grande mãe natureza, senti cada gota de terra debaixo de meus pés.
Porém, tudo parecia estar em uma perfeita harmonia, ser, terra, ar, plantas tudo ao meu redor falava em uma só voz, até a calçada onde estava assentado, o meio fio massageava a palma de meus pés, o concreto também aliviando o estresse do meu corpo, e a parede acariciava suavemente os meus ombros. Tudo isto, em um só tom, as pálpebras de meus olhos ia acalmando bem devagar e a pupila na mais perfeita calma, continuava tua caminha na estrada projetada em minha frente, filmando cada cena ou ato neste lindo filme de minha história.
Isto tudo, foi armazenando na mais sofisticada câmara e produzindo um belíssimo filme, gravando no milenar arquivo de cada tempo. Fiquei tão bem que até os pássaros revoava tranqüilo sobre as arvores, cheias de frutos suculentos a saciar tua fome, e degustava a água cristalina que corre fresca sobre as pedras da cachoeira. Não posso me esquecer do mergulho de cima das pedras de encontro com as águas que forma o açude, lá embaixo da queda da cachoeira que refrescante, seguindo com um pouco de paz em meu ser, sinto a relva macia acariciar-me, as pedras bem forte em sue devido tempo.
Há!!!!! Como é gostoso ver e sentir a beleza das cores no horizonte, buscando de todas as formas produzir cores sem igual no cume da montanha com os seus alaranjado límpido, dá um tom esverdeado na relva embaixo do monte, e a franja da encosta tons alaranjados, azuis, cinzas, verdes. Produzindo uma sinfonia sem igual a encantar cada olhar contrito ou a desejar bom descanso, mais cada um encontra o melhor sentido naquilo que melhor apraz, e ali solto sobre a calçada e com as costas encostada na parede de barro apreciando cada partícula da terra, há me envolver, crianças brincando de pega-pega, e bem do meu lado uma deslumbrante dama,lhe Femelhe Universal bem solta, encostada do meu lado, com seu chapéu abanando do calor, os sapatos e suas vestes com um belo desenho da Torre Henfil e o arco do trunfo, dona de um lindo par de olhos verdes claro, e um corpo de sereia.
Sem perceber começamos a dialogar, só que estávamos na mesma nota e aí nestas horas não precisa de palavras o silêncio fala por nós. Nem precisa falar o mesmo idioma tudo se compreende, cada gesto, pois todo o nosso corpo produz sons e gestos e quando se está na mesma sinfonia vive com harmonia.
E foi no silencio que descobrimos o anunciar da noite em seu quarto crescente estávamos ali a horas e horas a sós curtindo cada instante no mesmo percurso e só nos encontramos no iniciar da noite que já ai bem ao longe em nosso tempo. Somos assim mesmo, vivemos os melhores momentos de nossos dias, sem perceber que estamos ajudando ou sendo conduzido por alguém no decurso de nosso tempo.
NUTE DO QUARA