Meus medos
Introdução
O conto oferece ao leitor uma conversa entre 3 personagens, em uma praça ambos entram em um diálogo, sendo eles; Ego, Afrodite e Lich. Primeiro Afrodite e ego, logo após Afrodite chega e entra na conversa. Eles então conversam sobre o medo da morte, e quais as possíveis expectativas para com esse evento canônico na vida de todos. Logo, levando o leitor a pensar sobre o assunto propriamente dito.
Afrodite dispara perguntas; Por que nascemos, se ter vida por tempo determinado pelo ciclo natural não é de nosso agrado?
Afrodite - Não exatamente isso, não que seja do nosso agrado, mas… Qual o motivo disso tudo, se nem um destino certo temos, além da morte?
Ego responde - E por que não? Qual o sentido teria de não existir? Não acha que tivemos sorte de ter consciência até pra pensar sobre tais assuntos?
Afrodite - Deixe-me reformular então o que lhe foi questionado. Para onde, quando e como vamos, quando morrer?
Afrodite - Talvez seja apenas ingratidão a minha, mas questionamentos como esses vem diariamente. Não consigo ver sentido algum nisso tudo. Nascer, sofrer, crescer e morrer.
Ego - Um pouco deturpada tua ideia do que é viver não acha? Esse medo todo, não acha que é uma disfunção para com a vida? Se pensar demais, nada se faz. O medo lhe puxa para trás.
Afrodite - Como não pensar, se a consciência é a única coisa que me resta?
- Lich chega e se senta junto aos rapazes -
Lich - Muito boa tarde rapazes.
Afrodite e Ego; Olá Lich, como vai você?
Lich - Estou ótimo, o que traz vocês para cá?
Ego - Afrodite tendo crises existenciais de novo.
Lich - Ah, sério?... Vou me juntar a essa conversa então.
Afrodite - Lich, responda-me. Qual o sentido de tudo isso? Por que nascemos, por que vivemos se no fim de tudo isso, vamos morrer?
Lich - Afrodite, isso tudo não tem sentido, o sentido quem dá somos nós. Não acha que seria um privilégio além da existência, se criados com destinos fossemos?
Lich - Se de tudo tivermos consciência, o benefício da dúvida não teríamos. Digo que és benéfico, pois a dúvida que forma novos pensamentos, novas perspectivas, expectativas e opiniões diferentes.
Ego - Pensando por esse lado, ficar desgastando a vida pensando somente em como irá ser o dia do seu fim, apenas fará que perca teu tempo precioso e único.
Afrodite - Eu estou em prantos!
Afrodite - Não suporto mais tantas perguntas sem respostas, fácil seria não pensar nelas, mas então o que fazer quando elas vem até mim? Sofro sem chance de escapatória, minha mente me sabota, abram, abram a porta da sanidade, pois preso estou na insanidade!!!
Ego - Lich!
Lich - Cara respira!
Lich - Você vai morrer se continuar assim!
- Lich então abraça-o e usa palavras reconfortantes -
Lich - Indagar a si mesmo, questões com respostas infinitas é o suicídio mental. Tudo bem não controlar elas, mas se submeter a perder pra elas? Você é mais que isso cara.
Lich - Não perca pra si mesmo!
Afrodite - T-talvez eu tenha passado do limite um pouco, me desculpem, de verdade, mas ultimamente tenho perdido o controle
Ego - Tudo bem, acontece, todos nós temos dias bons e ruins, é apenas um dia ruim.
Lich - Relaxa. Quer um conselho?
Afrodite - Por favor…
Lich - Tente não promover tais pensamentos, se posteriormente virá a surtar com eles. Algumas coisas simplesmente não se tem respostas, basta-nos aprender a conviver com isso.
Lich - De que adianta o sofrimento antecipado, ficar amargurado?
Ego - Ele tá certo, foque suas energias para outras coisas, aproveite esta vida e o pouco tempo que temos, se desgastar com coisas supérfluas não lhe levará a lugar nenhum.
Afrodite - Obrigado gente…