Uma Deusa do Rio...
Uma Deusa do Rio...
- Meu avô.
É verdade que o senhor viveu várias aventuras...
- Sim!
- E, posso te contar uma, onde o conhecimento, a leitura, e, o carinho, fazem parte do cenário em questão.
Era madrugada de uma Sexta-Feira, precisamente às 03:30, quando despertei...
- Mas, meu vô, minha vó sempre diz que este e outros horários se resume em abertos...
- Sim, e, são mesmos, porém, os mais velhos, não nos conta o outro lado moeda.
- Qual?..
- Calma. Sua ansiedade um dia vai lhe assombrar. Então...
Eu estava escrevendo um texto sem muita expressão de fato, quando veio nas lembranças uma lenda pouco conhecida pelo meio arqueológico.
- Qual? Qual?..
- Hum! Hum!..
- Desculpe, foi mal...
Esta lenda a que me refiro, refere-se a um lugar chamado Rio de Janeiro, enseada faz parte do quadro, situada a Sudeste do país.
Muito antes da nossa civilização coexistir, quando ainda habitávamos cavernas, pequenas parte deste globo, existia uma tribo, seu conhecimento, suas escritas/leitura, e, carinho a Deusa era incontestáveis.
Esta Deusa, era dona dos mistérios da caligrafia e beleza, tinha em seu nome um templo, denominado:
Recanto das Letras...
Onde o povo celebrava em cada lua cheia, o dom de escrever, faziam evocações à sabedoria.
Outros povos, de lugares longínquos, visitavam o mesmo templo, afim de admirar, talvez até mesmo, cultuar-la, deixando seus comentários sobre o altar enaltecendo seus textos.
Ela era tão adorada, que, nenhum escriba, conseguiria compor com exatidão o brilho dos teus versos.
- Isso meu neto, foi apenas uma introdução, para fazer-te entender o que estar por vir...
Era Junho de 1974, fui convocado a participar de uma escavação sem grandes chances de achados (Ao menos achávamos assim...), o lugar é conhecido como Corcovado, pois bem, após meses de escavações, começamos a encontrar partes do que fora habitado, fragmentos de utensílios, papiros, algo de cultos, mais, descartamos em primeira mão, já, que, era impossível tal evento...
Continuamos dias a fins, até, deparamos com uma entrada ao centro da escavação, no canto superior havia uma insígnia:
🌊
Em seguida de uma inscrição:
"Adanoxiapa Uos."
Estava em una língua morta, mas, depois de várias tentativas, debates com notório arqueólogos, conseguimos traduzir o que dizia seguinte frase:
"Sou Apaixonada"
Então, percebemos ter achado algo pelo que continuar a busca.
Tentamos abrir o local, e, nada...
Pensamos até em explodir, mas, foi também descartado, pois, não saberíamos o impacto da mesma, danificando qualquer objeto dentro daquele ambiente...
Então como abrir?..
Chegou a noite, diante da fogueira o dilema inflamava, de repente uma TEMPESTADE, entramos nas barracas para nos proteger... Dormi.
Amanheceu...
- MINHA nossa, que tempestade.
Olhando ao redor fiquei atordoado, a entrada estava aberta...
- Vô, e ai...
- Ouça...
Ao vê-la aberta, decidimos adentrar, pegamos as lanternas, cordas, e, a velha Coca-Cola para tomar (Bebida que gosto), e, entramos.
As paredes eram ornadas de símbolos, sobre tudo, sobre o mar.
Chegamos a um salão onde o altar feito de mármore, uma estátua da Deusa, segurando uma pena completava o ambiente, ela, olhava uma abertura no topo do salão, por onde a claridade da lua invadia, deixando seu semblante ainda mais altivo.
Atrás da estátua, continham velhos papiros com textos maravilhosos, tais como:
"És Tu..."
"Ah, o "TEMPO"..."
"Eu Vejo..."
"A Resposta..."
"Me ANJO das LETRAS..."
"Gratidão, Pink Floyd!"
Entre tantos escritos, com duetos surpreendentes, poesias, reflexões, enfim, presumo ter uns doze mil aqui neste Recanto cuja Letras invadem a alma, acariciando o nossos corações...
Perdi a noção das horas, que, passei entre seus textos, alimentando meu conhecimento para novas escritas, e, acabei de uma certa forma, cultuando também esta Deusa do Rio de Janeiro, que, em sonho, se fez presente em meu Recanto...
Obrigado Juli Lima, pelas visitas a mim dedicado.
Texto: Uma Deusa do Rio...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 23/02/2023 às 23:33