A Praça ( Conto)
A Praça
Eu sentara no banco da tosca praça de Todos.
Estarrecido com o mundo, eu total em desgraça
A ermo na surrada cama de cimento, A Praça, Um Vôo para Todos
Eu o mendigo
Eu olhava para baixo, meu umbigo, olhava para mim mesmo.
“Nothing to do at the airport"
Crianças, elas brincam sem ter muito o que fazer
Correndo, suam, caem, levantam, gritam, suturam
Cansados, pausam, conversam, sonham, viajam, flutuam
Assuntos sem pretensões, elas têm o que dizer
“ Nothing to do tomorrow"
Eu ali bêbado de frustrações e de heranças nada a ver com aqueles sentimentos.
Em total cegueira, eu de camiseta a nada ouvir
Eu ali soberbo de ilações pés sem chão nada a crer
Em fatal descaso descalço, eu fracassado a ruir
“Nothing to do at the airport"
Eu sonâmbulo mientras vigilante e inconsciente
Eu ouço a voz do menino feliz papo profundo.
Diante eu auscultar ele assim perguntar onisciente
Questiona qual o pior defeito das pessoas do mundo.
“ Nothing to do tomorrow”
Eu ali espero respostas de seus amigos dizer.
Em parcial lucidez, quero algo que eu possa ouvir.
Eu ali em privações as mãos refrega no que crer
Em parcial fluidez estico meus braços ao querer
Ao guidão da bike me seguro não posso cair
"Nothing to do at the airport”
Ele o menino feliz sem respostas dos seus pares
Ele treze anos sexta dia treze quer responder.
"E diz o pior defeito do mundo é o PECADO"
E o mundo sem tristezas suscita frescos ares
Ele aos seus jovens prediz sua bíblia sem recado
Oh! Menino feliz : “Nothing to do tomorrow”
Ok ,“But be always happy “
Oh! Eu na praça de Todos:
“ Let me take my bike to run ahead by going to any future"
FIM
Dez 2021
Antonio Domingos
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