Véspera...

Ela acordou mais cedo que o habitual.

Atualmente o cansaço parece estar acumulado e ela dorme antes mesmo do filme terminar, coisas que muitos irão entender...rs

O dia estava gris, nem parecia o terceiro dia do verão.

Ela aguardava ansiosamente o brilho do sol, o calor, afinal, uma estação como essa não pode ter cores tão sem graça, pensava.

Revirou na cama, olhou pela fresta da janela e a chuva era sua companheira naquele momento.

O tempo de dar o primeiro passo para um novo dia e o desejo de mais 5 minutos, era a briga que ela enfrentava por anos afinco.

Ergueu-se e destinou-se a ver o mundo com olhos mais esperançosos.

Ligou a TV.

O assunto era o mesmo: blá, blá, blá!

Tem hora que os noticiários caem na mesmice e cansa!

Passou por vários canais e nada que chamasse sua atenção naquele momento.

Pegou o celular e olhou a data.

É 24 de dezembro, véspera de Natal.

O tempo é estranho, ora tão violento em sua passagem, ora devagar parecendo um infinito espaço ao mudar o minuto em minuto.

O olhar no horizonte, ali mesmo, dentro do quarto, fez com que ela percebesse a vida de uma forma menos sofisticada e mais humana.

Certamente ela havia feito planos, porém, esse ano, a palavra "plano" se tornou muito longe, ou quem sabe no seu sentido literal, só passou pelo campo das ideias.