O buquê
Maria pegou algumas flores do enorme buquê. Usaria apenas algumas flores para fazer a famosa brincadeira de jogar para trás e ver quem vai pegar. Quem pegasse seria o próximo ou a próxima. Adorava aquela brincadeira sempre quis pegar, mas nunca conseguiu. Ia a todos os casamentos, mas nunca o fez e finalmente chegou sua vez de jogar. Mesmo sem ter pego buque algum ao longo da vida conseguiu chegar até àquele momento. E estava alucinadamente feliz. Todos diziam que ela não batia bem das bolas, mas ela não se importava. A felicidade é o que realmente importa nessa vida mesmo que os outros a condenem por suas atitudes exageradas. Foi ao ponto central do salão subiu em uma cadeira e jogou o buque, mas curiosamente ninguém quis pegar. Ficaram olhando atônitos. Ouviu então a voz de sua mãe dizer chorando:
-Filha! Vamos para casa você precisa tomar seu remédio.
-Mãe, por que ninguém quis pegar o buque que eu joguei com tanto carinho? Peguei as flores daquele buque grandão joguei e ninguém pegou. Será que ninguém aqui quer casar?
- Filha, nós estamos no velório do seu pai e aquele buque grandão onde você pegou as flores é uma coroa que recebemos de homenagem.
- Ah mãe então deve ser por isso. Ninguém quer ser o próximo.