Campos de várzea
Costumávamos descansar as sombras do velho maricá, com seus galhos de espinhos e suas folhas em capítulos. Ficava ao lado do campo imenso onde os sonhos de craques vislumbravam o futuro, correr com os pés sobre a Soliva anthemifolia ( não conhecia por esse nome) era pra poucos, aliás, Soliva anthemifolia, era a famosa roseta de espinhos, quem já teve os pés cravados por ela sabe do que eu estou falando.
O futebol tinha hora pra começar, mas não tinha hora pra acabar, o intervalo era o almoço, tempo pra reorganizar o time e retornar pra mais uma tarde de jogo. Sabíamos que um time vencia, só não sabíamos o placar. As goleiras eram chinelos, mas com o tempo evoluíram para taquaras.
Hoje restam apenas saudades, do tempo em que torcer o tornozelo nos buracos eram nossos troféus.