Havia tanto desejo em seu olhar. Enquanto que em mim a indiferença pesava como um fardo de chumbo. Eu estava blindada de seu romantismo açucarado. Flores, doces, frases de impacto... e a fonética estranha que reside nos sussurros. Eu sem-graça já ruborizava tentava ajeitar a gola da blusa que insistia ficar em oblíquo, enquanto eu a queria reta. Você me elogiava até mesmo os defeitos. E, eu sem palavras. Querendo até pedir desculpas, pois não lhe correspondia... Eu o via como um amigo, melhor amigo e confidente.. Quase um irmão. Qualquer relacionamento, nesse caso, seria incestuoso. Você era charmoso e interessante. Mas, eu nem estava interessada em urdir maiores vínculos. Desapegada de tudo, de todos procurando novas identidades e novos interesses. Já que tudo me parecia um tanto dejà-vu.
As vezes, parecia que já tinha visto aquele filme, então sabia dos detalhes da cena, o script das falas dos personagens, e, principalmente antevia o final trágico quase recambolesco.
Eu tinha que ser muito sensível e delicada, para expressar-me com sinceridade e, não lhe ferir seus sentimentos. E, nem comprometer nossa amizade quase secular... Nossa que tarefa difícil é escolher as palavras quando nos sentimos constrangidos... Em raios elétricos as sinapses gritavam palavras de ordem... De repente, sorri... e timidamente lhe sussurei:- pelo amor de Deus, não exagere!!!
As vezes, parecia que já tinha visto aquele filme, então sabia dos detalhes da cena, o script das falas dos personagens, e, principalmente antevia o final trágico quase recambolesco.
Eu tinha que ser muito sensível e delicada, para expressar-me com sinceridade e, não lhe ferir seus sentimentos. E, nem comprometer nossa amizade quase secular... Nossa que tarefa difícil é escolher as palavras quando nos sentimos constrangidos... Em raios elétricos as sinapses gritavam palavras de ordem... De repente, sorri... e timidamente lhe sussurei:- pelo amor de Deus, não exagere!!!