DOMINGO NO PARQUE

   A tarde era inspiradora no parque, o vento soprava com suavidade fazendo algumas folhas caírem levemente ao seu sabor, um espetáculo que eu observava, próximo de algumas crianças que se divertiam em brinquedos ali instalados. Os pais ou responsáveis se encontravam de lado, bem vigilantes, o homem da pipoca e o sorveteiro vendiam seus produtos devidamente trajados com seus uniformes brancos e nas imediações o guarda a tudo assistia, já que ali era sua área de atuação, o responsável pelo parque.

   A tarde findou e a noite fresca chegou, o parque todo iluminado recebeu a visita de mais pessoas em busca de tranquilidade para encontros com amigos ou namorados, casais se viam abraçados e aos beijos, crianças e adultos circulavam naquele ambiente acolhedor e protegido, o guarda ainda era o mesmo, esperava a sua rendição lá pelas sete da noite. Ao redor o trânsito era normal, sem constrangimentos, visto que a área era enorme e os que para ali se dirigiam tinham onde estacionar seus automóveis. Tive até a impressão que a afluência de pessoas no parque havia aumentado, os brinquedos mais concorridos pelas crianças e a venda de guloseimas aumentado consideravelmente. Eu não tive coragem de me levantar do banco onde estava, eram grandiosos aqueles momentos para mim apreciando esse belíssimo espetáculo no parque em uma tarde/noite de domingo, esqueci que o tempo passara, não percebi a mudança do claro para o escuro, meu cérebro não registrou esse fenômeno tão normal quanto a minha visão diante de tudo aquilo que presenciava maravilhado.

   Enfim as horas se passaram, as crianças já haviam se retirado com seus genitores ou pessoas que delas cuidavam, algumas pessoas, é claro, ali ainda se encontravam, a maioria era de casais de namorados que insistiam em demonstrar o amor que existia dentro deles, eram também notívagos e sonhadores como eu, que adoram a noite, apreciam a lua e muitas vezes chegam em casa de madrugada por simplesmente gostarem da frescura da noite, do clima gostoso que se acentua com o passar das horas, aproximando-se da madrugada fria e gostosa, mas que não incomoda quem está abraçado e desfrutando de um romance, mesmo furtivo e longe de certos olhares curiosos.

   Apresso-me para me despedir do parque e da noite, apesar dessa última me acompanhar até em casa. Novas tardes/noites com certeza serão bem vindas nesse parque que é o meu refúgio de prazer.

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 20/01/2019
Reeditado em 20/01/2019
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