Conto de Natal
O Natal é a época mais importante por trazer à lembrança do Homem a necessidade de gratidão pelo Grande Presente que foi, e continua sendo, o nascimento do Menino Jesus. É também, e por isso mesmo, o momento mais marcante das famílias se reunirem, da celebração, de praticar o amor.
Certa vez, li, num desses livros da vida, a história de uma certa família. A vida deles se dividia em dois momentos. O primeiro, antes de conhecerem a Cristo, era assim: banquetes à mesa, mesa vazia, pai nos bares, esposa e filha mais velha indo atrás dele de bar em bar, até perderem as esperanças de o encontrar. Então esperando, até se cansarem, irem jantar e dormir. Nada de celebração do natal e da família. Tinham fartura, mas não tinham Cristo, que traz paz e união, seja qual for o momento.
Foi assim até que o Menino Jesus entrou naquela casa. Mas, então, a fartura (maioria de desonestidade) acabou. Vieram as vacas magras. Nada mais de banquetes. Foram natais e natais sem nem sequer uma Ceia, sem um peru, nada para por à mesa. Às vezes vinha convite de amigos para ceiar com eles. Às vezes amigos davam panetones de presente. Mas, na maioria dos natais, eles passavam sozinhos, em casa, sem ceia, e, no entanto, juntos, celebrando a Cristo, relembrando histórias da família, rindo e se divertindo.
Depois daquela fase, em todos os seus abastados natais, o mais incrível era a veemente certeza de que aqueles natais vazios de riqueza foram tão cheios e tão satisfatórios quanto qualquer outro rico natal que já celebraram, porque de nada tinham falta agora, Deus era, agora, o pastor daquela casa. E este era o segundo momento daquela família.
Marta Almeida: 05/12/2018