04 de agosto de 2018
''Eu admito que não esperava que fosse abruptamente assim.
Eu tinha acabado de chegar em casa. Quisera eu não ter recebido
aquele telefonema. No entanto, como tratava-se de uma pessoa
importante e eu estava vivenciando um momento triste, porém
também relevante, eu não tive outra alternativa. ''Oi'', disse eu.
''Lucas, vem para o hospital porque o médico falou que (...) não
passará de hoje.'' Declarou a voz do outro lado da linha.
Na hora, eu achei que aquela pessoa fundamental na minha vida
estivesse melodramatizando a situação para persuadir-me.
Eu queria que esse tal sujeito realmente estivesse exagerando,
no entanto, o meu pensamento estava equivocado. Lamentavelmente,
tudo ocorreu em conformidade com o que o doutor afirmara.
O pranto perpetuou-se por aquela tarde tristonha e infindável.
A enfermidade tinha a vantagem ao seu lado. Se não tivesse sido
no dia referido, só teríamos prolongado o inevitável. Eu não sei
se você deveria ter dito que não sairia da sua condição. Silêncio,
contactamos todos os familiares e amigos. Passei o fim da tarde
escutando a canção ''Linger'', da banda irlandesa The Cranberries.
Coincidentemente, no dia anterior, eu já havia perdido um outro
ente querido e na manhã do dia do óbito da (...), eu encontrava-me
no velório do primeiro falecido. A família e a amizade comparecem
ao velório em uma igreja próxima a nossa casa. Durante o evento,
eu extravasei diversas vezes. O soluço dominou-me. Quando eu vi
minha tia, juntamente com meu primo lastimando-se, eu não sei
o porquê, eu tive um ligeiro ''flashback'' da nossa infância.
Foi uma fase maravilhosa, não acha primo? E as lágrimas renderam
através daquele inesquecível 04 de agosto de 2018. Eu ainda tenho
comigo as suas, as nossas recordações transfiguradas nas fotografias
e na intimidade da minha complexa memória de acervos históricos
existe uma impossibilidade que carrego comigo. O meu esquecimento
para contigo.''
''Eu admito que não esperava que fosse abruptamente assim.
Eu tinha acabado de chegar em casa. Quisera eu não ter recebido
aquele telefonema. No entanto, como tratava-se de uma pessoa
importante e eu estava vivenciando um momento triste, porém
também relevante, eu não tive outra alternativa. ''Oi'', disse eu.
''Lucas, vem para o hospital porque o médico falou que (...) não
passará de hoje.'' Declarou a voz do outro lado da linha.
Na hora, eu achei que aquela pessoa fundamental na minha vida
estivesse melodramatizando a situação para persuadir-me.
Eu queria que esse tal sujeito realmente estivesse exagerando,
no entanto, o meu pensamento estava equivocado. Lamentavelmente,
tudo ocorreu em conformidade com o que o doutor afirmara.
O pranto perpetuou-se por aquela tarde tristonha e infindável.
A enfermidade tinha a vantagem ao seu lado. Se não tivesse sido
no dia referido, só teríamos prolongado o inevitável. Eu não sei
se você deveria ter dito que não sairia da sua condição. Silêncio,
contactamos todos os familiares e amigos. Passei o fim da tarde
escutando a canção ''Linger'', da banda irlandesa The Cranberries.
Coincidentemente, no dia anterior, eu já havia perdido um outro
ente querido e na manhã do dia do óbito da (...), eu encontrava-me
no velório do primeiro falecido. A família e a amizade comparecem
ao velório em uma igreja próxima a nossa casa. Durante o evento,
eu extravasei diversas vezes. O soluço dominou-me. Quando eu vi
minha tia, juntamente com meu primo lastimando-se, eu não sei
o porquê, eu tive um ligeiro ''flashback'' da nossa infância.
Foi uma fase maravilhosa, não acha primo? E as lágrimas renderam
através daquele inesquecível 04 de agosto de 2018. Eu ainda tenho
comigo as suas, as nossas recordações transfiguradas nas fotografias
e na intimidade da minha complexa memória de acervos históricos
existe uma impossibilidade que carrego comigo. O meu esquecimento
para contigo.''