O Violinista - A Descoberta

O concerto chegou ao fim, olhei para Emily, ela guardava seu instrumento, logo aproximou-se dela um senhor que aparentava ter mais de 50 anos, coberto por um sobretudo preto, sua face estava com um sorriso enorme, seus cabelos eram quase todos brancos e curtos, Emily olhou para o lado onde o senhor chegará, abriu-lhe um sorriso e disse:

-Consegui

Eu podia ver em seus olhos a emoção, brilhavam intensamente, podia sentir pelo seu cheiro que estava aliviada e feliz. Emily acabará de arrumar seus pertences, logo deixaria o palco, continuei a guardar minhas coisas, mas continuei a fixar meu olhar sobre ela.

Os dois caminhavam por entre as ruas, eu ia logo atrás sem deixar que vissem-se, os dois sorriam e conversavam, Emily estava feliz e eu completamente louco por seu sangue.

De repente Emily olha assustada para trás, como se sentisse a minha presença, escondi-me, logo ouvi o que falavam:

-O que houve? Está tudo bem? – disse o senhor.

Emily um pouco assustada e confusa respondeu:

-Está!

Mas continuava a olhar para trás.

Logo chegaram à uma casa antiga, parecia ser do início do século xx, Emily despediu-se do senhor com um beijo no rosto e disse:

-Obrigada mais uma vez, por acompanhar-me ao concerto.

O senhor sorriu e disse-lhe:

-Quando precisar der minha companhia, pode chamar-me, estarei sempre a sua disposição.

Os dois sorriram e Emily adentrou à casa.

O senhor seguiu caminhada, decidi então segui-lo, já que sabia onde encontrar Emily novamente. O senhor seguiu por mais 3 quarteirões da casa onde deixará Emily, pude ver de longe que tratava-se de uma igreja, o senhor abriu a porta e antes de fecha-la olhou duas vezes para os lados, confirmando que ninguém o virá entrar.

Voltei-me até a casa onde Emily se despedirá do senhor, somente a luz de um quarto, no segundo andar estava acesa, observei que perto da casa havia uma árvore, decidi subir para olhar dentro da casa.

Emily estava dentro do quarto, usava uma camisola preta, sua face parecia preocupada, vi quando abriu uma gaveta de uma pequena escrivaninha, olhou e fechou rapidamente. Emily não estava confortável ,eu podia sentir seu cheiro, estava com medo, vi quando olhou rapidamente para a janela, escondi-me para que não visse-me.

Emily apagou a luz e deitou-se .Fiquei observando-a por alguns minutos, mas mesmo com tanto desejo de provar seu sangue, decidi ir embora, pois faltava pouco tempo para amanhecer, voltaria na outra noite.

Deixei aquela árvore e segui por entre as ruas escuras, meus olhos estavam vermelhos, meu desejo de sangue incontrolável, mas sabia que eu conseguirá passar por um teste, consegui controlar-me mesmo atordoado, ainda havia tempo para alimentar-me ,mas uma coisa estava mais forte que meu desejo, uma desconfiança ,aquele homem tinha um ar de coragem, ele era diferente de qualquer um que já havia visto, parecia ser perigoso, já que Victor havia me avisado sobre caçadores.

Chegando em casa, voltei-me a lembrar daquele senhor, porquê entraria em uma igreja naquele horário? E ainda por cima, porquê verificará se ninguém o observará entrar? Decidi que na próxima noite sairia para investigar aquele senhor.

O dia logo amanheceu, decidi descansar, aguardar o sol se pôr para começar a investigação, pois sabia que aquele senhor poderia ser perigoso para mim.

Assim que a noite começou a cair, sai de casa, caminhei por aquelas ruas da noite passada, ao passar pela casa de Emily, notei que ela estava saindo, reduzi meus passos e comecei a segui-la, Emily andou por 3 quarteirões, logo chegando naquela tal igreja, Emily bateu três vezes na porta e ela abriu-se, o mesmo senhor da noite passada, apontou sua cabeça para fora e verificou se ninguém a virá entrar, mantive-me escondido e assim que a porta fechará, decidi chegar perto de uma pequena janela ao lado esquerdo da igreja, ouvi quando Emily disse:

-Sr. John, alguma coisa não deixa-me dormir desde essa madrugada.

John olhava atenciosamente a Emily.

-Acho que alguém ou alguma coisa estava nos seguindo ontem – continuou Emily.

John levanta-se de uma cadeira que encontrava-se sentado, abre uma gaveta de uma velha escrivaninha e diz:

-isso deve ser coisa da sua imaginação, você estava cansada, dedicou-se muito antes e na hora do concerto.

Emily balançou a cabeça negando o que John havia dito.

-O estranho é que havia um violinista perto de mim, que não tirava o olho de mim.

John olhou para Emily e disse:

-Já disse-lhe, deve ser coisa da sua imaginação.

-Mas “PADRE” – disse Emily.

-Padre? –falei baixo- sabia que o tal de John era perigoso.

-Se for verdade os boatos de vampiros na cidade, devemos começar a agir. – diz John.

Nesse momento John pega uma Bíblia e a abre, era uma espécie de caixa, dentro havia uma estaca.

-Se realmente haver esses demônios na cidade, acabarei com eles- disse John, segurando a estaca , desde o desaparecimento de seus pais há 10 anos, não ouço mais boatos de vampiros aqui, até começarem de novo a matança desenfreada nesses últimos meses.

-jurei vingança – disse Emily baixando a cabeça.

Nesse momento pude perceber que Emily tratava-se de uma caçadora, por isso seu cheiro era tão delicioso, o motivo tratava-se do perigo, seria mais delicioso o sangue dela, do que eu imaginava.

Os dois conversaram por mais alguns minutos, até que Emily despede-se de John, procurei por perto algum lugar para esconder-me para que não me vissem.

Ouvi a porta da igreja abrir-se e John falar para Emily.

-O que é que for, vamos mandar de volta para o inferno.

O cheiro de Emily adentrou por minhas narinas, atordoei-me, meus olhos ficaram vermelhos, eu estava louco de desejos, mas deveria tomar cuidado ,não botar tudo a perder, eu sabia que iria tê-la, no tempo certo, eu tinha um plano, aproveitar o próximo concerto que seria na próxima sexta-feira e apresentar-me, assim aos poucos ficar íntimo e ela seria minha.

Gabriel Souza
Enviado por Gabriel Souza em 10/10/2016
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