NOITES ESCURAS

A tarde vai indo embora, vai se declinando o sol.

A brisa do vale se lamenta, pois tudo vai ficando tristonho.

A agonia aparece, o dia morre!

Pouco a pouco acaba se a Luz.

A Lua começa a clarear no céu com sua ofuscada luz.

Parecendo com as corujas nos cupins das pastagens.

Começa-se a noite!

As ondas do mar começam a dormir.

No coração do árabe o deserto dorme.

No peito do nativo, a floresta descansa.

As crianças dormem, a natureza adormece.

Às vezes penso que até os céus caem no sono.

As aves já não voam, pousam.

Até as casas abandonadas pelas campinas jazem nas penumbras.

Os caminhos e vales emudecem em profundidade.

Só não dorme a lua no firmamento e as megalópoles com suas primas metrópoles.

Assim passam-se as noites!

Acanhadamente a aurora começa a se despontar.

A lua safada vai sumindo sem colorido.

Às vezes penso que até os céus dormem.

É isso aí!

Acácio Nunes

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 12/12/2014
Código do texto: T5067633
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