NOITES ESCURAS
A tarde vai indo embora, vai se declinando o sol.
A brisa do vale se lamenta, pois tudo vai ficando tristonho.
A agonia aparece, o dia morre!
Pouco a pouco acaba se a Luz.
A Lua começa a clarear no céu com sua ofuscada luz.
Parecendo com as corujas nos cupins das pastagens.
Começa-se a noite!
As ondas do mar começam a dormir.
No coração do árabe o deserto dorme.
No peito do nativo, a floresta descansa.
As crianças dormem, a natureza adormece.
Às vezes penso que até os céus caem no sono.
As aves já não voam, pousam.
Até as casas abandonadas pelas campinas jazem nas penumbras.
Os caminhos e vales emudecem em profundidade.
Só não dorme a lua no firmamento e as megalópoles com suas primas metrópoles.
Assim passam-se as noites!
Acanhadamente a aurora começa a se despontar.
A lua safada vai sumindo sem colorido.
Às vezes penso que até os céus dormem.
É isso aí!
Acácio Nunes