O Prazer é Todo Meu
Há fins de tarde que é de se guardar! Numa cidade de mar sem praia riam uns seis sentados na mesa do bar na calçada. Contaram nos dedos os pedidos: - Bolinho de mandioca e cerveja, prá começar! O bolinho derretia na boca e sumia. E entre os copos e sumir dos bolinhos ficava esticada um enfeite desconsiderado pelas barrigas. E de cada ponta da mesa ninguém suspeitava daquelas duas que calculavam a exatidão para atacar. Mas ataque de doçuras é sempre todo cheio de graça! Primeiro fizeram o desdém – Quem vai querer comer isso com cerveja? E palpitavam como quem não quer nada: - Com um pouquinho de sal e vinagre até que vai! Mas aí já tava tudo percebido. A mesa toda ria e as molecas se entregavam a excentricidade. Só houve desculpa pra uma primeira observação: - Teremos de pedir outra porção! Sumida a outra dúzia dos bolinhos puderam então atacar uma a uma: A folha verdinha de alface no prato enfeitada.