Patife

Vejo escuridão nos seus pequenos olhos, eles reflete-me indicando o caminho a seguir. Não o sigo, por preferir o caminho mais longo, com barreiras e ilusões, mentiras e traições. Por pecar mas do que o corpo, por ser simples ilusão, descaradamente composta de egoísmo.

É tão errado pra mim, mas não me dói o quanto irá doer-lhe.

Não estou perdido; Sou.

Não estás em boas mãos, talvez nem em más, pois as minhas não cobrem seu ventre em ocasiões sentimentais, é apenas físico que ao amanhecer transforma-se em desfoque do meu ego.

Sou idiota, tão quanto minhas verdades, inverdades talvez, por não denotar um amontado de lógicas às quais costumam achar essenciais.

Irá amanhecer novamente e estarás sorrindo, ludibriando os pássaros com a sua pureza, coberta pela ingenuidade de um coração em chamas, no entanto, não é por isso que irás queimar; Irás virar cinzas, por que destruirei seu coração, não irei sentir-me bem, mas também não estarei mau.

Irás sobreviver, pois sobrevivi e aqui estou, transformado, desfigurado, frio tão quão os meus olhos. Esperarei que não se tornes assim, por que ao fundo dói e mesmo que diga o contrário, perderás um pedaço de si, não suficiente ao mundo que fará de tudo para arrancar-lhe um pouco mais, sobreviva perdendo-os, ou torna-te eu.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 08/11/2013
Código do texto: T4561720
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