OS ANTÔNIOS DE BELÉM

Belém do Pará, a bela capital desta unidade federativa do Brasil, também conhecida como metrópole da Amazônia, desde a sua fundação por Francisco Caldeira Castelo Branco em 1616, até aos nossos dias, teve entre aqueles que fizeram sua história alguns que se sobressaiam aos demais, principalmente na transformação urbanística da cidade, e que por coincidência ou não, levavam o nome de Antônio, eram pessoas nascidas em outras plagas, mas que adotaram a cidade e tiveram enorme influência na sua mutação citadina.

Vamos citá-los em ordem cronológica:

O primeiro Antônio foi o Padre Jesuíta Antônio Vieira, que muito contribuiu na catequese dos gentios aqui residentes, bem como na pacificação da região.

O segundo Antônio influiu na planta da cidade, foi Antônio Carvalho, quando nos anos de 1700 transpôs a fronteira de Belém para além do igarapé do Piry lá para as bandas da Campina. Mais tarde esse acidente geográfico foi aterrado pelo conde dos Arcos, fazendo com que a urbe ganhasse mais espaço na sua área continental.

O terceiro foi Antônio Landi, arquiteto de origem italiana que sob a chancela de Mendonça Furtado governador do Grão Pará e Rio Negro e irmão do todo poderoso Marquês de Pombal, adornou a cidade com palácios, igrejas e capelas em estilo neoclássico deixando a sua marca na história da arquitetura de capital paraense.

O quarto foi Antônio Lemos, maranhense de nascimento, mas belenense de coração, promoveu a maior transformação que a cidade conheceu final do século XIX e início do século XX, em pleno apogeu da era gomífera Belém se viu de repente com ares de metrópole, sob a influência do capital inglês, etiqueta e moda francesa, e a musica italiana, através dos espetáculos de óperas exibidos no seu famoso Teatro da Paz, dirigido na época por outro Antônio, o Antônio Carlos Gomes nascido em Campinas estado de São Paulo, e aqui passou os últimos dias de sua vida.