MOMENTOS DE RISCO

MOMENTOS DE RISCO .

Ter, 17 de Janeiro de 2012 02:30 0 Comentários Literatura - Contos - Drama .Numa relojoaria em Sófia na Bulgária, Jeison, Gean e Diego Noronha foram flagrados roubando uma relojoaria e foram extraditados para Brasil. Jeison, Já Gean Diogo foram juntos parar nessa casa, já que ainda, não tinham completado dezoito anos. Ficaram seis meses detentos nessa casa. Depois disso, resolveram nunca mais roubar, então foram tentar empregos e conseguiram trabalhar entregando pizzas, cada um, em turnos diferentes. Jeison, na parte da manhã, Gean, na parte da tarde e Diego na parte da noite. Nesse tempo eles conheceram as irmãs, Rayla, descendente de árabe, Reyna e Rayna e por ela tiveram boas noites de amor. Tudo isso aconteceu em São Paulo.

Enquanto isso na Espanha, Henry Salvador, Neto de Duílio Salvador, Henry é um estudante de Medicina que fazia estágio em um dos hospitais famosos de Madri, mais , acabou se envolvendo com a mulher de um paciente estressado, foi até o hospital de Madri com uma arma, mas ao se aproximar de Henry, atirou e arma atingiu seu ombro, o outro tiro, matou a mulher, e o homem teve um enfarto fulminante e depois faleceu. O seu patrão, Dr Hilsmann foi taxativo: _ Foi conseguir sua suspensão da arte de Medicina garoto e nunca mais, você vai poder exercer a profissão em lugar nenhum. Então Henry saiu do hospital e voltou para o Brasil.

Tudo na vida, a gente sabe que vivemos sempre :

-MOMENTOS DE RISCO

Numa tarde de sol abafado em São Paulo, onde começava fechar o tempo, Gean resolve voltar para o Rio de Janeiro de moto, deixou um bilhete para seus primos e amigos Jeison e Diego, dizendo que estava voltando para o Rio. E eles resolveram segui-lo. Pegaram suas motos e foram para o Rio. No caminho, começa a chover, a moto de Gean desliza e acaba batendo de frente com um caminhão em altíssima velocidade, como ele estava caindo da moto, foi o que salvou da morte. O motorista do caminhão só parou depois que viu que o caminhão não conseguia mais prosseguir. Então brecou. Saiu do caminhão e o atendeu. Chamou seu neto Henry pelo celular, minutos depois, Henry apareceu saiu do seu carro, junto com o caminhoneiro. Viu o garoto sangrando muito na cabeça, Henry preparou a vítima para maca e pediu uma ambulância, seus primos viram um acidente de longe e quando viram seu primo sangrando, Jeison ficou desesperado: gritou_ Não, não, Jeison e Gean vivem como irmãos, porque ambos perderam os pais muito cedo e tiveram que se virar sozinho na vida.

A ambulância chega. E os levam para hospital Sírio-libanês ainda em São Paulo. Diego agradece o caminhoneiro e viu que teve ferimentos leves e pediu que fosse com eles até o hospital para cuidar dos ferimentos. E o caminhoneiro respondeu: _ Não!, estou bem, foram leves arranhões, e Diego disse: _ Mas esses machucados, podem inflamar. E o caminhoneiro continuou: _ Não se preocupem, estou bem. Vou ficar bem, relaxem. E torço para que ele fiquem bem. _Tudo bem!, e o caminhão? perguntou Diego. E o caminhoneiro respondeu: _ está bem, não teve muito problema, só os faróis quebraram, mais isso dou um jeito. Diego quis lhe dar um dinheiro para o caminhoneiro que não aceitou. _ Não, não!, vocês , estão mais necessitados que eu. Já no hospital, o drama continua. Jeison chora copiosamente no hospital. Diego tenta lhe consolar, mas Jeison estava inconsolável, afinal a situação de Gean era preocupante.

Então, depois de um dia UTI, se apresenta o médico Dr. Euriko Kobaki , um neuro-cirurgião japonês, que já praticava a profissão no Brasil há muito tempo. E chamou pelos responsável por Gean . _Quem é aqui é responsável pelo paciente Gean Eurives Noronha, então os dois se apresentaram: _ Nós dois doutor: _ Como ele está? _ Não vou mentir, ele entrou em coma induzido, pode acordar depois de horas, dias, ficar, meses, ou até anos. Ele teve paralisia cerebral, e vai ter que reaprender a andar e falar. Vocês têm como, sustentá-los aqui? E Jeison, falou não, nós vivemos sozinho . _Tudo bem!, ele vai continuar aqui até sair do estado em que se encontra, enquanto isso, tentam resolver como vão pagar o tratamento dele. Mas dias depois, Henry, voltou e deixou um bom dinheiro, mas não quis dizer quem estava doando a quantia de cem mil reais. A secretária do hospital disse aos rapazes, relaxem: _ Ninguém mais vai cobrar nada de vocês, já pagaram o tratamento. Jeison, achou estranho e pediu para que Diego checasse, quem foi que pagou. _ Meu bem, quem foi que fez isso?. E ela respondeu: _ Infelizmente, não quis se identificar. Mas quem deixou o envelope, havia deixado também um bilhete que dizia: _Só peço que não contem que eu fiz o atendimento. Ass. Henry. Diego estranhou, mas acatou a decisão do rapaz.

Que hoje, sofre por tudo que aconteceu na Espanha, mesmo porque a mulher também morreu naquele incidente no hospital em Madri. Henry chora ao lembrar do que aconteceu na Espanha. Seu Duílio o vê e sofre com ele. Henry vai todo dia na boate, para ver se esquece da mulher, mas é quase impossível, até que Bianca, uma ex-colega de sua faculdade se aproxima dele e o chama: _ Henry, ele escuta da primeira vez e ignora. Henry Salvador, quando ele ouve essa voz, se vira e diz: _ Bianca ?, o que faz aqui. Eu trabalho de garçonete. Então a partir daquele dia, os dois começam a viver intensamente, uma louca paixão, mas o que ele não sabia, é que ela além de garçonete, era garota de programa. E numa noite dessas, Ary Teixeira o chama: _ Belezinha!!!!, uh uh, vem cá meu morzinho ...., ele fica furioso e pergunta ao barmen, porque ele chama ela assim? E o barmen responde: _ Porque ela é garota de programa. Então, Henry, fica furioso e pensa consigo: _ Outra vez não!. Dessa vez, não vou cair nessa e voltou para o Rio de Janeiro, para viver sozinho.

Enquanto isso!, Seu Duílio oferece sua casa aos rapazes, Jeison e Diego. _Vocês dois fiquem aqui, enquanto que eu vou ter que viajar e ficar fora alguns, dias, ah!, aquele que está ali, é Pluto, nosso cãozinho, cuidem dele para mim. A ração está em uma das portas do armário. Fiquem à vontade. Devo ficar lá, por umas semanas. Diego agradece. _ Muito obrigado!, o senhor está sendo muito bacana com a gente, esperamos poder retribuir, na hora que precisarem da gente. _Saberão sim, tenho certeza disso. E saiu com as malas, mas antes pediu que o ajudassem a carregar o caminhão, colocando as malas. E Diego ajudou o velho e o senhor então saiu em viagem para o Rio de Janeiro, onde está seu neto.

Já no hospital, a enfermeira, Dulce, mocinha nova, cuida do quarto , onde está Gean. Este começa a despertar, voltando do estado de coma. Devagar, abre os olhos e tenta falar, mas não consegue. A enfermeira vê e chama o Dr. Euriko. _ Doutor, venha cá no quarto rápido. O japonês foi e viu que o garoto, já conseguia abrir os olhos. Passa o tempo, alguns meses depois. Gean, já conseguia pronunciar algumas palavras, como chamar seu primo Jeison e dizer obrigado. Já era, um grande avanço naquele momento. Parecia até milagre. Diego, então ligou para seu Duílio, dizendo que seu primo, estava se recuperando e agradeceu toda hospitalidade, e toda ajuda. Seu Duílio volta do Rio de Janeiro, junto com seu Neto Henry. Os dois agradecem a ajuda do amigo e dizem que fariam questão de devolver todo o dinheiro, no final do tratamento. Henry respondeu, não tem nada que ficar pensando nisso. Isso que vocês me contaram, já uma enorme recompensa da vida. Jeison, não entendeu!, por que ele diz isso?, e seu Duílio , esquece!, não é nada não. Isso é problema dele. Mais alguns meses se passam, e Gean, graças a DEUS e ajuda da enfermeira, e com a ajuda de Henry, seu Duílio, e do hospital, Gean vai se recuperando. Vai pensando na enfermeira, com a qual se apaixonou. Dulce, o ajudava naqueles momentos mais difíceis. A enfermeira tentava de tudo, para alegrá-lo, mas era todo dia uma patada. Dando água em sua boca, reclamando de tudo, mas era ela a que mais o suportava, porque também já o amava. Colocava-o na frente da janela para que ele visse o sol e ficar sentindo o calor. Depois de uma hora, ela ia o ajudar, e ele o maltratava, mas ela sabendo das condições dele, agüentava calada. Pois no fundo sabia que ele iria saber recompensá-la. Em um dia desses, quando viu que já podia se locomover sozinho, pediu a enfermeira: _ Dulce, me vê uma folha e uma caneta. Nesse momento, escreveu versos para falar qualquer dia.

Na casa de seu Duílio, tocava o telefone, mas ninguém estava, então na secretária eletrônica, Henry, deixava seu celular e de Madri, a moça falava. Holá, Mayara hablando, gustaria de hablar com Henry, e esse repondeu, soy me mismo, que queres hablar?. Dr Hilsmann quer que tú vienha hablar com El in Madri . Henry, agradeceu em espanhol _ Muchas gracias querida!, con certeza yo voy . Buenas Tardes, mas a noche llegar questo país. Ela agradeceu e diz: Entonces buena noche . Logo em seguida, Henry contou ao seu avô e todos ali presentes queriam saber _Quem estava no telefone? e o queriam com ele. Todos ali ficaram contentes e esperançosos que houvesse, um acerto de contas, entre ele e os médicos de Madri. Enquanto isso... ainda no hospital, Gean, esta praticamente andando. E agradeceu a todos. Muito obrigado minha gente, por tudo que fizeram por mim, sei que sem vocês todos, jamais conseguiria sobreviver. Obrigado senhor meu DEUS, senhor Duílio por ter me socorrido, quando estava caído.

Nesses dias, quando percebi que tinha recuperado todos meus movimentos da mão, pedi que a enfermeira me desse um papel e uma caneta e escrevi alguns versos para ler qualquer dia. E hoje é o melhor dia para se ler esses versos.

“Num dia de sol abafado de São Paulo estava eu viajando de moto, de repente cai uma chuva, a viseira da moto, embaçou e não vi o caminhão, fui pro chão desacordado, não vi mais nada, nem o chão da estrada, não sentia mais nada, afinal estava apagado, inconsciente. Nem sei o que tinha acontecido comigo, só fiquei sabendo depois que tinha ficado totalmente sem os movimentos, das pernas e dos braços.

Hoje eu sei o que aconteceu, mas Graças a Deus, pude recuperar todos meus movimentos, graças ao seu Duílio, agradeço por ter me socorrido, pois se fosse outro, teria me deixado no chão e desacordado. Obrigado ao hospital por ter me aceitado nesse hospital, porque poderiam ter nos abandonado e não permitido o tratamento, afinal, até seis meses atrás, éramos três bandidos que estávamos sendo deportados da Bulgária por roubarmos uma relojoaria, mas como fomos pego flagrante, não tivermos tempo nem de vender as jóias para conseguir um dinheiro, para sobreviver sozinho nessa vida.

Agora, imaginaram nossa situação, porque tivermos que roubar, porque não tínhamos dinheiro, nem para comer, e aí vocês devem estar se perguntando: _ Como chegaram a Bulgária, e eu respondo, pegamos carona num caminhão carregados de armas, ficamos, tão bem escondidos que ninguém nos percebeu. A você Henry, eu não tenho nem como agradecer os 100 mil que você deu para manter meu tratamento. Eu poderia até ficar quieto, não contar nada, mas não seria justo com vocês, ou com ninguém, afinal, se estou vivo e quase andando é por causa de vocês todos desse hospital. Só que jamais poderia me esquecer de quem esteve junto comigo esse tempo todo e me auxiliando, me agüentando e me amando, mas eu também te amo Dulce e eu queria pedir que fosse comigo, mas tentaria compreender se você não quisesse aceitar, afinal, um chato como eu não deve ser fácil agüentar. “

Gean Eurives Noronha emocionado terminou dizendo a todos, um muito obrigado. E pede que o levem para o Rio de Janeiro, já que ainda não posso viajar sozinho. Seu Duílio diz: _ Vou levar meu Neto à São Paulo, para que ele possa chegar á Madri ainda hoje, mas daqui há alguns dias, irei ao Rio de Janeiro e aí te levo, enquanto isso, vocês fiquem em casa, cuidam do meu Pluto. E eles aceitaram. Antes de viajar para o Rio de Janeiro, uma surpresa, Dulce bate a porta. Ao entender, Diego diz: _Gean é para você. Ao se aproximar da porta, ainda de cadeira de rodas, Gean a vê e ela diz: _ A proposta de ir com você ainda está de pé?. E ele respondeu, é claro!. Amanhã seu Duílio chega e nos leva.

Já em Madri, 11:30 da noite, Henry telefona do seu celular direto para o celular do Dr. Hilsmann e diz: El Señor desea hablar conmigo?. E o Dr . também responde em espanhol: _ Si, quiero, El van mi consultorio mañana hablar conmigo. E no dia seguinte, já estava ele no hospital, para conversar com o médico. Mayara yo voy para hablar com Dr. E ela continua. _ Puede entrar que El o espera . Ao entrar, Dr. Lhe diz: Aquello dia, yo me contrariedad , per eso hablei aquilo, mas momiento alguno queria La suspensión, entonces La consideracíon de seu empleo. Yo quedar aqui eso momiento ? , si Dr. Respondeu ele em espanhol. Está com La cartera de trabajo? E Henry responde, si ,entonces, yo voy assinar e tu puedes quedar per aqui mísmo. Dr, puedes telefono. Sí Claro!. Ok!, Dr. Muichas gracías. Henry saiu contente, e logo foi beijando sua colega trabalho.

Henry, telefonou para seu avô contado, que estava novamente empregado. Como o senhor que lhe queria morto, já tinha falecido, então não poderia contrariar a decisão do médico.

Já no Rio de Janeiro, Dulce e Gustavo vivem bem. Mesmo com o pouco que restou do tratamento. Mesmo assim, Jeison e Diego estão trabalhando no Rio de Janeiro como Garis. Gustavo escreveu um livro e vai publicá-lo, com a venda deste livro, ele pagará ao seu Duílio, tudo o que Henry havia pago para ajudar no tratamento.

Passado um tempo, Jeison arrecadou boa parte do dinheiro, mesmo trabalhando como gari, os dois recebem as visitas de Reyna e Rayna, já no Rio de Janeiro e com elas ficam. Gustavo publica seu livro e paga a Duílio, já que o velho amigo estava adoecendo. Mas o velho infelizmente no resistiu. Meses depois, vem o lançamento. Henry ainda consegue chegar a tempo de aproveitar a festa e aproveita para anunciar seu noivado com Mayara. Bianca continua como Garota de programa.

Henry e Mayara se casa no mês seguinte, junto eles, se casam Gean e Dulce e os primos Jeison e Reyna, Diego e Rayna.