PALHAÇOS INCISIVOS.
O meu olhar na escuridão, penetra fundo no infinito,
Enxerga as coisas sem soluções, busca uma fuga sem palpites,
É bom pensar sem ser cobrado, e jogar fora os mesmos ditos,
Saindo a frente do que se inveja, antecipando o indefinível,
Sejam as mascaras não convincentes, ou os palhaços incisivos,
Seremos todos massacrados, sem um julgar definitivo,
Uns poucos buscam suas penitencias, e a refração será sentida,
As punições serão em blocos, as salvações mais dirigidas,
Somente um facho de intensa luz, nos levará a nova vida,
Não findam os tempos nem há um complô,
É uma questão mais distinguida, a mesquinhez, faz seus horrores,
Morrem os corpos, nascem os espíritos,
Desfaz-se o ciclo em andamento, mudam as forças dos movimentos.
Cada descrente monta sua sumula, entrega em vida seu desalento,
Mas no ocupar da sua tumba, recebe o seu nivelamento,
Para fazer um omelete dos mais recônditos maus pensamentos,
E adubar sua vitória por desfazer-se plenamente,
Das amarras de uma matéria, conflitante e aventureira,
Pegando a luz do renascer, e se entregando ao sacramento.
Chegou agora!, o esperado momento.