O nada invisível.

Embora a cidade fosse murada, descobriu-se uma lagarta no pé de goiaba.

Do furo, o buraco, a liberdade.

Entretanto o medo impedia aos moradores o agir, sendo assim permaneciam ali, com fome, sede, dor... pensavam não terem mais aonde ir.

Alguns sobreviviam, muitos morriam, pouquíssimos se permitiam a possibilidade de liberdade e libertavam-se.

Aos libertos, o nada – que também era o tudo real existente; acompanhava-os e nunca estavam sós.

Apenas brilhavam em um brilho inefávelmente potente. Aonde passavam... cegavam!

E o que era, era sem conjunções.

Sabiam que o eram e assim o eram e ainda o são e para sempre o haverão de o ser.

Nesse contexto são o plural e no geral: o todo singular universal invisível e que a tudo compõe - incluindo a mim e a você.

PS: O emprego do artigo "o" é proposital.

Talita A Hoflinger
Enviado por Talita A Hoflinger em 14/12/2010
Reeditado em 14/12/2010
Código do texto: T2670627
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