ENCONTRO

Como poderia ter anotado um número incorreto, de alguém que tanto lhe encantara?

Iria às últimas conseqüências para achar aquele rosto novamente.

No seu caderninho viu o nome escrito. Não queria que ninguém a visse telefonando. Seu coração disparava, ruborizada sentia perder o juízo, um calor emanava de seu corpo.

Saiu como uma louca caiu em tristeza...

Passados dias, retornara,cumprindo o silêncio de seu destino.

Não queria admitir para si, como poderia ter se apaixonado? Não contara para ninguém o seu segredo.

O que estava errado em sua vida? Seria normal?

A vida inerte, empoeirada, esquecida de viver... Aturdida em devaneios, numa alegria que não veio.

Porém não saia de sua cabeça. A sua imagem era cada vez mais nítida em sua lembrança.

De certa maneira passou a refletir sobre os sentimentos das pessoas.

Tanto fazia agora, o importante era encontrar o amor que lhe eriçava até os poros.

Certo domingo, num bar noturno, num esbarrão de ombros,

encontra quem tanto procurava há tempo. Um medo lhe invade.

O toque de seus lábios num rápido beijo,

a maciez de sua pele, os olhos se fitam, conversam...

Um novo encontro, um jantar em seu apartamento.

Aceita prontamente o convite, não hesita em nenhum momento, fica feliz .

Vitoria Moura 17/10/2010

Ma Vie
Enviado por Ma Vie em 17/10/2010
Reeditado em 05/11/2010
Código do texto: T2561653
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