UM REINO
UM REINO
MOR
Em terras muito distante tinha um Monarca que governava seu reino por muitos anos a fio, seu povo era ordeiro e bom contribuinte, seu reino era o mais rico nele nada faltava.
Exportava de tudo menos tecnologia, tinha uma educação razoável, mas sem muito desenvolvimento tecnológico, seu governo era fechado, seus ministros não tinham muitos contatos com as necessidades do povo do reino.
Suas estradas construídas com a força do tributos dos súditos, e mais a força braçal dos mesmos.
Tudo era muito demorado em função do protecionismo e uma parcela de súditos, mais bem aquinhoados do reino este sempre recebiam os maiores dotes e benefícios na construção de estradas, pontes e outros meios de transportes que existiam naquele reino, mas os vassalos não favorecidos pela sorte recebiam o necessário, para não competir com os fortes do reino.
No reino só existia dois partidos para eleger o poder legislativo que elaborava as Leis e tudo era determinado pela Sua Majestade o Rei todo poderoso e pela maioria do legislativo.
Entre os vassalos existia um moço muito inteligente, que tinha estudado em outro reino e tinha uma vontade de mudar algumas coisa naquele reino, mas como os vassalos daquele reino não tinha um partido para fazer parte dos destinos do reino.
Tudo acontecia pela falta de cultura, pois os vassalos não tinham oportunidade de expor suas idéias, nos meios de comunicações, pois só existia uma liberdade restrita, e ainda os vassalos não tinham oportunidade de freqüentar escolas melhores simplesmente aprendiam a ler e escrever e um pouco de matemática, para defender suas necessidades naquele reino. Pois da pouca liberdade que existia no reino este moço começou a requisitar entre os vassalos de cada Província, os mais inteligente, e com estes formarem a maioria dos vassalos do reino.
Este jovem mais instruído tinha suas idéias exposta para os vassalos com sua filosofia.
Sempre em seus debates insistia, que para ser ter uma vitória necessitava de ter conhecimento cultura e educação e com isso no futuro ter até uma terceiro partido no reino que viesse defender os direitos dos vassalos, tudo isso diante da pouca liberdade que a maioria dos vassalos tinham no reino.
Foi um trabalho demorado na organização de toda uma estrutura até chegar a desfrutar alguma glória, entre os vassalos existia depois de um certo tempo de formação três linhas filosóficas, naquele reino, uma linha bem radical, uma moderada e a outra menos moderada, nunca se chegava a um consenso nas atividade entre as três linha filosóficas.
A radical queria mudar tudo e ainda todo o sistema no reino e pensava até em transformar numa república, destas república que só tem o nome de república, já os moderados queriam que os vassalos pudessem eleger seus representantes no legislativo do reino e os menos moderados seria a maria vai com as outras, não tinha nenhuma ambição diante de seus companheiros.
Levou muitos anos até se solidificar aquelas filosofias tripartidas até que num momento os radicas conseguem eleger deputados senadores e com isso haver um equilíbrio no legislativo do reino e os vassalos já conseguiam ter suas revindicações atendidas, mas a velha ambição dos radicais continuava viva nos ideais daqueles que queriam mudar aquele reino.
O Monarca já era velho e não tinha herdeiros, pois com isso não estava longe de acontecer uma mudança naquele reino, e ainda com os vassalos no legislativo começaram a dar mais liberdade aos mesmos nos meios de comunicação embora fossem estes ainda muito fraco no reino.
No incio do ano legislativo os vassalos conseguiram a presidência da camara dos deputados e esta foi o começo de uma reviravolta no reinado daquele Monarca.
O velho Monarca, já cansado e sem ter mais forças para comandar aquele reino vendo toda aquela reviravolta, debilitado, sofre um ataque cardíaco fulminante e lá fica o reino sem o seu rei, o senado decreta oito dias de luto e a bandeira é hasteada a meio pau em sinal de luto.
Foi estabelecido três dias de visita ao velório para que todos os súditos pudessem se despedir do velho monarca e no quarto o corpo baixaria a sepultura com a presença de todo o reino.
Desde o falecimento as duas casas legislativas estavam em reuniões consecutivas, não havia um entendimento de quem deveria assumir o reino depois de sepultar o monarca.
Entre as duas casas existiam várias correntes de pensamento sobre o assunto, uns achavam que deveria ser o presidente do senado, logo outros pensavam que deveria ser o presidente dos deputados, já a corrente mais radical entendia que deveria convocar uma assembléia constituinte e transformar o reino numa República, e enfim chamaram o judiciário para resolver o impasse, pois o mesmo tinha que dar um parecer diante de toda aquela divergência que imperava naquele momento.
O judiciário do reino convoca uma Plenária do mesmo e seu Presidente coloca em discussão o assunto daquele momento, depois de muito debate sem chegar a um acordo final um dos juízes do Supremo pede vistas ao processo, para um análise mais profundo sobre o assunto o Presidente concedeu vistas, e deu um prazo de quinze dias para uma nova reunião e chegar a uma conclusão final, e as duas casas legislativas ficaram esperando a resposta.
O Juiz que pediu vistas ao processo depois analisar o mesmo e dar seu parecer diante da Constituição do reino sua tese vai expor no plenário do Supremo no prazo estabelecido pelo seu Presidente.
Quinze dias depois o Judiciário volta a se reunir e escutar a tese e parecer do juiz que solicitou na última reunião e em seguida dar o parecer final as duas casas do legislativo.
Em seu parecer defendeu a tese de que a constituição estabelece no caso em tela que seja formada um Junta Administrativa que terá o prazo de noventa dias, para que seja feito um plebiscito para saber que tipo de governo o povo quer daquele momento em diante, como neste reino o povo tem pouca cultura só Deus sabe o que vai acontecer neste plebiscito.
Quem mesmo vai apostar neste momento dos acontecimentos, o que será o futuro daquele reinado,
só a história futura poderá registrar todos os fatos e atos que vão acontecer.
São José/SC, 18 de setembro de 2010.
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