O DESENCANTO DA ROSA
Andando pelo jardim observei muitas rosas cada uma
Mais formosa bonita como ninguém, ao zelador não
Convém escolher sua preferida, para não abrir feridas
Nas outras desqualificadas, nem por isto são taxadas
De possuir menor beleza, mas tem a delicadeza do ato
Da opção onde qualquer cidadão, precisa ter consciência
Um pedido de clemência, não se faz suficiente para o
Estrago vigente causado, pelo abandono de quem se
Sente sem trono preterido por alguém.
E pode nem ser verdade, que tenha havido uma escolha
Mas vai surgindo uma bolha, de pensamentos nefastos
Quando se vê o desastre já esta dimensionado, e o mundo
Desmantelado para esta criatura, que cheia de formosura
Se sente muito pior, que Saci de uma perna só, zarolho
Da boca torta e natureza exorta em prol da sua beleza
Mas ela só tem certeza, de ser amaldiçoada pós não foi
Selecionada como sendo a preferida, desta pessoa querida
A quem dedicou-lhe a vida, e entrando em desespero lança
Mão de um apelo ao pai do universo, se não fui merecedora
Do amor da protetora de todo este jardim, então só resta a
Mim murchar, e aceitar meu fim...