The Chosen Legacy
O Sacerdote com suas vestes negras e capuz a lhe ocultar o rosto fazia suas preces.
Com sua mão esquerda empunhava um fino punhal de prata, todo talhado com pedras preciosas. Na sua mão direita havia uma imagem do Cristo Podre em sua ridícula agonia.
No altar havia uma bela mulher nua com a boca amordaçada e seus pés e mãos, atados. Estava petrificada de tanto pavor. Aquela inocente alma cristã temia por sua vida.
Ao redor do altar, da mulher nua e do Sacerdote estavam os adeptos, também vestidos de negro. Eles formavam um circulo ao redor de seu mestre e da moça. Em suas almas traziam imenso desejo de luxúria e esperavam somente a ordem daquela enigmática figura sacerdotal para abaterem aquela vítima.
-Ó irmãos e irmãs aqui presentes! Dizia o Sacerdote. Estamos aqui, neste imundo Templo deste Cristo Putrefato, para proclamarmos nossa liberdade.
-Que assim seja! Diziam todos os adeptos.
-Acabaram-se aqueles dias de escuridão! Dizia o Sacerdote. Agora somos livres. Estamos livres de todos os deuses e entidades diabólicas. Hoje será, queridos irmãos, o dia do Homem-Deus. Estamos acima do bem e do mal. Viva o Homem-Deus!
-Viva! Gritam com entusiasmo os adeptos.
-Ó irmãos e irmãs! Dizia o Sacerdote. Estão vendo aqui esta bela mulher? Mostremos-lhe a vontade humana, o poder do Homem-Deus, e vejamos se o Deus Pai Todo Poderoso dela há de acudi-la.
Aproximando-se mais do corpo da bela jovem, o sacerdote tocou-lhe, demorada e prazerosamente, os seios e a vagina.
-Irmãos e irmãs! Disse o Sacerdote com ímpeto. Esta alma cristã está pronta. Venham, em nome da Liberdade, e da Volúpia saciar vosso desejo de luxúria. Mostremos ao Deus desta nossa bela presa que aqui ele não tem nenhum poder.
Assim dito, aos poucos aqueles homens e mulheres, de cujos olhos emanavam um intenso desejo de luxúria, foram se apoderando daquele corpo inocente e virginal. Estava então proclamada a supremacia do Homem-Deus.