DO AMOR À ETERNIDADE

[UM TEXTO ESCRITO PELOS ALUNOS E AMIGOS MEUS PARA SER APRESENTADO NO IFRN]

AUTORES: Júnior, Lorena Araújo, Manoel Faustino, Jéssica Priscila, Gilmário e Jackson de Caetano.

"(...) A arte é a forma humana da entorpecência divina. É a embriaguês dos nervos. A viajem da emoção incessante (...) A arte dispensa a droga como a droga dispensa fácil o corpo humano"

[Henrique Diógenis]

Na cidade de Belo Horizonte, havia uma jovem muito linda, chamada Lorena, mas apelidada carinhosamante pelo pai de Lolô. Filha única de um político muito poderoso chamado Marcondes (Condão), ela sempre foi muito mimada, pois sua mãe, Jéssica Cuscuz, que era uma grande e considerada Deputada Federal e líder política, morreu em um acidente de carro, quando Lolô era ainda criança,. Seu pai dava tudo que ela pedia, carro importado, roupa de grife e tudo que o dinheiro pode comprar. Lolô era muito preconceituosa, achava que por ser rica podia pisar nas pessoas menos favorecidas.

No seu aniversário de vinte anos, ela foi comemorar em uma boate com suas amigas, onde lá dançaram e beberam bastante. Lolô estava indo ao banheiro bêbada, quando esbarrou num rapaz, sujando seu vestido branco de vinho tinto. O rapaz era um garçom chamado Júnior Bubú, um jovem negro, simples e trabalhador, muito querido na favela onde morava, por ajudar as pessoas e se envolver em grupos de apoio social na favela do Beco do Siri, onde havia grande tráfico de drogas e esquemas de seqüestro, comandado pelo traficante Jackson Manteiga. Quando Lolô percebeu a mancha de vinho no seu vestido que seu pai lhe deu de presente, começou a gritar humilhando Júnior Bubú, chamando a atenção do gerente, que por ali passava:

- seu imprestável não olha por onde anda.

- desculpe senhorita.

- você acabou com meu vestido!

- não foi minha intenção esbarrar na senhorita.

- saia de perto de mim seu negro pobretão.

- calma dona, me desculpe mais uma vez, não foi minha intenção.

O gerente, ao ver esta cena, foi ao encontro dos dois e, já vendo que era Lolô, a filha do Senador Condão, o mais influente do estado, que tinha reservado aquela boate exclusivamente para a comemoração do aniversário da filha, não quis saber do ocorrido, foi logo culpando Júnior Bubú, demitindo-o em seguida. O rapaz saiu dali humilhado preocupado em como iria ajudar nas despesas de casa, já que sua mãe estava com câncer no pulmão devido ser viciada em drogas e seu pai haver abandonado os dois. Lolô saiu da boate com suas amigas, que foram ao encontro de um grupo de rapazes, dentre eles estava Jackson Manteiga, o traficante. Chegando ao barzinho do Flan, Lolô foi apresentada a Manteiga, que chamou sua atenção pelas coisas que possuía: um Jaguar, um rolex, correntes de prata e outros acessórios de primeiro mundo.

Eles foram bebendo e se conhecendo, passando assim a noite toda. Jackson a convidou para dá uma volta no seu carrão, seduzindo-a, assim eles foram. Ele a levou para o seu casarão que fica no Maruim. Chegando lá ele ofereceu cocaína para Lolô; ela experimentou e gostou. Ficaram a noite toda se amando e se drogando. Ao amanhecer ela pediu para que Manteiga a fosse deixar perto da sua casa. Ele concordou, mas falou que teria que passar em seu ponto de comércio para pegar o seu faturamento. Ao chegar ao Beco do Siri eles encontraram Júnior Bubú, Lolô comentou o ocorrido na boate. Manteiga não se posicionou quanto ao fato. Os meses foram passando e eles se relacionando. Até chegar o dia em que Condão descobriu o romance da filha com o traficante Manteiga.

Castigou a filha, não a deixando sair, e quando permitia, só iria com quatro seguranças particulares. Mas mesmo assim Lolô dava um jeitinho de brasileiro e se encontrava com Manteiga as escondidas. Júnior Bubú ainda com o sentimento de revolta pela falta de consideração de Manteiga, entrou em contato com o Condão e revelou que a filha e Manteiga ainda estavam se encontrando mesmo com a proibição. Condão pediu que ele colhesse provas por que não estava acreditando no relato.

Júnior Bubú tinha dois planos na cartola. Conversou com Gyll Mortadela que era o braço direito de Manteiga, que também estava indignado com as atitudes de Manteiga depois que ele começou a se relacionar com Lolô. Tramaram um plano que acabaria com todo o poder de Manteiga. Júnior Bubú seguiu Lolô no dia em que ela iria se encontrar com Manteiga e tirou várias fotos com a ajuda de Mortadela. Foram ao casarão de Condão e entregaram as fotos. Indignando-se com as imagens vistas Condão ligou imediatamente para o Comandante da PF, Manoel do Peixe. Relatando o ocorrido, o comandante que era muito amigo de Condão, iniciou uma operação contra o tráfico no Beco do Siri. Uma semana depois, a PF invadiu o Beco do Siri e iniciou as buscas, sendo que Manteiga e seus aliados tentaram interromper a ação da polícia. No tiroteio Manteiga foi baleado na cabeça, peito e pernas. Acabando assim a operação da PF, já que o alvo principal era Manteiga, a mando de Condão. Ao ver no Programa de Alonso Femos (TV Temporal) que Manteiga tinha sido baleado e morto, Lolô se desesperou e saiu a encontro do amado no hospital. Enquanto isso Júnior Bubú e Gyll Mortadela foram tomar posse da sua nova propriedade, antigo ponto de tráfico de Manteiga. Ao ver seu eterno e único amor morto, saiu descontrolada, gritando: “feito Manteiga me derreto toda, me derreto toda”. Subindo no lugar mais alto da cidade, a Torre do Cruzeiro, se jogou. Condão caiu numa grande depressão, renunciou o cargo político e doou todos os seus bens para as comunidades carentes.