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Ela me escreveu, com letras de forma e tinta perfumada, uma carta poética.

Deixou cair uma lágrima que borrou o ponto final, só pra eu sonhar com sua dor.

Assim ela me venceu, e nem precisou lutar. Eu me entreguei.

Como ela é faceira, ou talvez uma feiticeira.

Podia ler em suas letras quando sorria ou quando chorava.

Estava escrito em minha pele o quanto eu a amava.

Mas, feriu-se com a pena, e a tinta virou sangue em sus mãos.

Não eram palavras de carinho que agora, invadiam meu coração.

Ela disse adeus, sem um único som pronunciar.

E eu sabia que agora, para sempre, em minha escrivaninha, aquela carta eu iria guardar.

As letras não são culpadas pelos sentimentos, elas apenas trazem notícias.

Alexandre Costa
Enviado por Alexandre Costa em 02/06/2006
Código do texto: T167814