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Ela me escreveu, com letras de forma e tinta perfumada, uma carta poética.
Deixou cair uma lágrima que borrou o ponto final, só pra eu sonhar com sua dor.
Assim ela me venceu, e nem precisou lutar. Eu me entreguei.
Como ela é faceira, ou talvez uma feiticeira.
Podia ler em suas letras quando sorria ou quando chorava.
Estava escrito em minha pele o quanto eu a amava.
Mas, feriu-se com a pena, e a tinta virou sangue em sus mãos.
Não eram palavras de carinho que agora, invadiam meu coração.
Ela disse adeus, sem um único som pronunciar.
E eu sabia que agora, para sempre, em minha escrivaninha, aquela carta eu iria guardar.
As letras não são culpadas pelos sentimentos, elas apenas trazem notícias.