JUNTOS

JUNTOS

Mesmo na longínqua imensidão que se desponta por entre o longínquo pico do Everest, buscava eu, em um contemplar astuto esquivar ladeira abaixo.Com minhas sandálias de amarrar desmudar-me com o tocar da brisa suave que sopra vindo do sul do oceano ártico de meu ser imaturo, fazer trilhas pro entre a grande camada de gelo que cobre todo monte, lá vai ou em vem meus passos esquivando por trilha e mais trilhas deste belíssimo cume de nosso planeta.

E nesta aventura, buscando apressadamente fugir de mim mesmo, querendo esconder-me do que bem não sei, somente sei que procurava refugiar-me subitamente no meio dos aventureiros que percorria o caminho da bem sucedida escalada em teu cume. E já estava- se acampando em uma encosta segura para descansar seus corpos do esforço, após um dia inteiro de trabalho, e lá naquela encosta jaz alguma fogueira para aquecer-se a água para passar o tradicional cafezinho, e também preparar o jantar. E na busca de chegar rapidinho busco impulsionar mais, e mais freneticamente o meu tórax para frente cortando o vento para apressar os meus passos rígidos, apenas querendo encostar-me depressa no meio daqueles que já estão se preparando seus aposentos para descansar o seus corpos, e aquecer-se do frio que está intenso e vai a cada instante ficando mais cortante e penetrando cada vez mais nos meus músculos estressados da insegurança de querer apenas chegar sem saber, o porque de tal querer.

Porém, em minha frente surgi de repente um enorme cume de gelo bem rígido neste instante o sol já se foi, e a noite começa a surgir rapidamente, os ventos vindo de todas as direções começa predizer que está para chegar uma tormenta vindo do alto do pico, trazendo com certeza bastante neve contigo. E a cada momento fica mais revolto as ondas de ar quentes, trazidas com a brisa que se iniciou suave e leve e já está bem forte, algo me diz que isto é só o começo dos ventos, que vem de encontro com meu corpo a me impulsionar no sentido contrário do meu percurso.

Não bem sei, se já ouvi ou mesmo disse que é preciso aprender a caminhar com o vento, para não se perder na estrada do tempo. Mais também sei que só viajo sendo a cada instante eu mesmo, aceitando e compreendendo cada tempo e neste de agora e o tempo do vento. E como busco ou procuro aprender em cada tempo mesmo apenas querendo chegar na revolta da encosta para descansar o meu corpo na corrida do tempo, tenho neste instante de retroceder e ver se o melhor é eu ir de encontro ao cume para escalá-lo ou contorná-lo bem suavemente. Neste tempo, onde a corrida é hilariante tenho que buscar compreender o que é melhor para este tempo, em que estou solto a flutuar-me no vento, que a cada instante se torna mais forte e valente, o que eu não posso é querer derrotá-lo, furiosamente, e na loucura do momento controlar bem os pesos não sendo somente razão ou emoção, pois a tormenta começa bem lentamente e vai se transformando rapidamente em uma enorme avalanche que vem direcionada bem de encontro com o meu corpo.

E na busca de chegar rápido ao cume em minha frente, esforçando o meu tronco para cortar as correntes do vento, que só faz aumentar de encontro com meu corpo.

Segundos de insegurança e medo percorre o meu ser, querendo desviar-me do alvo, isto pode ter o lado bom, pois como nestes momentos tenho de aprender com o vento, faz com que eu busque perceber que o amado vento está contornando o pico no sentido oposto do percurso em que eu estou esforçando para prosseguir, talvez seja melhor deixar ser conduzido pela avalanche e com este gesto pode ficar mais fácil contorná-lo do que escalá-lo.

E assim do pelas correntes de ar na revolta do vento, fui devagar mudando o meu percurso para fazer o caminho mais longo na curva do tempo, para só depois vir a saber se está foi a melhor ou pior opção.

NUTE DO QUARA

CAMBRAIA JJOÃO
Enviado por CAMBRAIA JJOÃO em 04/09/2008
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