O Mar

Sentado na praia, olhando as estrelas, minha única companhia: O mar.

Ouço o uivar do vento e me deixo embalar pela brisa suave que toca o meu rosto.

Fico ali parado. Horas e horas se passam, fico perdido em meio aos meus pensamentos...

Planos, lembranças, saudades...

Minha mente está confusa, não sei mais distinguir o que é ilusão do que é real.

Tenho algumas visões, umas são agradáveis, outras não, porém algo me perturba.

Então adormeço e acordo novamente na praia, mas será mesmo que adormeci?

Ao menos é a sensação que tenho, pois a noite se foi, cedendo espaço ao dia...

Ah! Como é belo o mar em toda a sua ternura verde azulada! Em meio às ondas as gaivotas se divertem em seus vôos sincronizados.

Como é belo ver a inocência das crianças! Vê-las brincando!...

E o mar continua em seu infinito vai e vem de ondas... Oras elas vêm, oras elas vão, mas nunca cessam... Sempre mantendo uma Constancia incansável, ao menos aos olhos inocentes que se inebriam facilmente diante da natureza em sua plena atividade... Mesmo que corriqueira!

No céu azul de nuvens alvas o sol brilha intensamente em meio a um sorriso amarelado típico de um dia de verão, tudo parece estar em perfeita harmonia, quando uma das crianças enche as mãos com um punhado de areia e arremessa contra ao vento.

Tudo ao meu redor pára, mesmo que por um instante, é como se o tempo tivesse sido congelado ou estivesse passando em câmera lenta...

A ponto de me fazer sentir uma liberdade inexplicável, uma paz imensa, e volto a me misturar a toda a areia que aqui jaz, grão por grão e assim o mar, em toda sua plenitude me leva embora para o seu infinito vai e vem de ondas puras...

Marcio Oliveira
Enviado por Marcio Oliveira em 29/07/2008
Reeditado em 10/09/2010
Código do texto: T1102216
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