A noite da brisa angelical
Era tarde quando cheguei em casa naquela noite de verão. O calor penetrava em minha pele, fazendo-me ter uma sensação de estar suada. Resolvi tomar um banho com água fresca, o chuveiro não poderia estar melhor, a água ia escorrendo lentamente pelo meu corpo, fazendo minha pele se refrescar e assim aliviando o calor que eu estava sentindo.
Após o banho, tentei não pensar no calor, mas foi em vão, pois este parecia aumentar cada vez mais. Abri a janela, e foi de repente que comecei a sentir a doce e suave brisa que estava soprando na rua, ela fazia um som, que parecia ser tocado pelos anjos mais puros e belos. Foi sentindo essa suave brisa melodiosa que eu acabei por adormecer. Fui acordada com um toque doce, abri meus olhos e avistei um anjo, ele tinha cabelos louros, olhos azuis, e estava me olhando com uma estranha curiosidade. Fiquei um tempo admirando-o, e ele a mim, mas parecia que nenhum de nós dois iria dizer uma só palavra.
Foi então que subitamente enxerguei suas asas, elas eram de um puro branco que não tinha como não serem avistadas, mesmo na mais escura noite de tempestade.
De repente vi o anjo se afastar, e chamei por ele, mas ele começou a sumir, sua imagem já não era mais tão bela, e também não era mais fixa, eu já não podia ver aquela bela criatura, aquele Querubim tão belo e tão atrativo.
O amanhecer chegou, e com ele me veio a lembrança do anjo que eu tinha visto na noite passada.
Seria sonho ou seria verdade? Eu não sei, mas mesmo tendo essa cruel e dolorosa dúvida, fico noite após noite olhando pela janela do meu quarto à espera daquele anjo que tanto me impressionou, ansiando pela sua volta, querendo que ele venha novamente me acordar com o seu doce toque e que eu veja novamente o seu doce e penetrante olhar.
Não sei se algum dia voltarei a ver aquela criatura tão formosa, mas eu continuarei aqui, nessa janela, entre a dúvida da realidade e do sonho, noite após noite a esperá-lo, que eu não sei se algum dia irá novamente pra mim voltar.