Antes da ida, a despedida.
Entenda, eu passarinhei, você não pôde chegar, nunca, a esse ar, porque não tem asas. Não ache que estava já escrito, nos infins, o certo: que tu serias lesma, ou minhoca. Minhoqueou por que? As explicações são suas, ou mesmo dos calados gritos, esses que não escorrem no vento, mas enlameam em-dentro, rastejando grosso, rasgando tudo, pesando pra baixo. Assim foi. Meu coração, levíssimo, menor que minha mão, e ele batia, eu via, muito muitíssimo, luzia, de tão rápido, e ligeirez de ânsia, de crescendo bumplã, universear se queria. Assim. O chão não haveria de haver, se racharia tanto, que tornaria à sua origem: todo chão é um buraco preenchido. Despreenchi, e tudo virou vão, tudo virou céu, e voar pude por todas as partes. Eis aí. Fugas que você não pega. Vivo onde, para você me encontrar? É o vício, seu. Sem lugar. Estou enceuciado, e dou meu adeus. Você, que não se move, sufoca. A lápide.