Rompendo o cinza
Deixo o telefone público.
A carroça está parada na esquina. A garoa é friinha e venta
um pouco.
O homem desce calmamente, limpa uma remela do olho direito.
Calmamente o pangaré espera.
Vai até a lixeira do meu vizinho, avexado, acabrunhado. Pega
duas garrafas pet. Volta, acanhado ainda.
Me vê. Dou-lhe um sorriso e aceno. Ele todo brilha, é o
sol do domingo.