As alucinações de uma mente solitária
O céu estava cinza, como em qualquer outro dia nublado com nuvens carregadas, o contraste das folhas verdes de uma árvore que debruçava no muro, era lindo. Tudo estava perfeitamente belo e calmo, mas ela estava só, e ela estando só tinha tempo e condições para movimentar sua mente.
Ela sentou no sofá da varanda e contemplou as sementes que havia plantado,já não eram mais sementes.Deus, como ela gostava de plantas, de verde, queria ter mais em seu jardim, a deixariam mais feliz, apesar de assusta-la.Gostaria que fosse mentira ou que não fosse loucura, mas ela dizia ver pessoas sofrendo naquelas plantas e em todas as outras, disse “sofrem tanto que me parecem zumbis”.
Chegou ao ponto de ter a impressão de estar convivendo com alguém que não podia ver, que a assustava mais que as árvores.Sempre que estive na casa nunca percebi nada de sobrenatural, mas ela estava convicta de que sentia essa tal presença, algo, e de que era triste e rancorosa.Ela tinha mais medo de como era o algo que do próprio algo.
Fui a única pessoa que teve acesso a estes pensamentos,e me assusto, mais pelo o que a possa ter levado a isso que da mente solitária que criou suas companhias exclusivas.