A urna e a ilha
Dona Santina aparece. O Correio já esperava impaciente há alguns minutos. Dona Santina é servente da escola insular municipal há 25 anos, servente e segurança, às vezes até professora. Dona Santina só tem um olho bom, o outro não. Reclama que na escola tem três computadores mas não tem professor. "Os computador vão ensinar sozinho?" Ela recebe a urna eletrônica, assina um recibo improvisado (ninguém do TRE havia chegado antes com os demais documentos). Os quase 300 ilhéus já podem votar modernamente nos candidatos que nem água potável garantem pros seus eleitores.