Hollywood
Ele queria ser músico, mas não tinha o menor talento. Optou pelo cinema: "Uma arte em que a gente tem milhões de espectadores e corre o risco da maioria gostar do produto. Sem o menor risco de levar um tomate na cara..."
Teve uma carreira satisfatória, não era o Mozart, nem o Charlie Parker ou o Hermeto Pascoal da sétima arte, mas tinha os seus fãs. Seus filmes não eram tão ruins.
O ápice de sua carreira foi Cannes. Não ganhou a Palma de Ouro, mas assim mesmo seu discurso de agradecimento foi visto por todos. Ladinamente, era a única fala de um velho cego tocador de piano que fazia uma aparição surrealista no seu filme de ação-drama-comédia. Discurso que ele escrevera há anos num boteco e que já estava com medo de nunca poder usar...