A Carroça Vazia
A Carroça Vazia
Certa vez: pai e filho (de dez anos) saíram a passear pelo campo, iam eles por uma trilha no meio da mata, quando o pai parou e interpelou ao filho a dizer, filho tu ouves o som da natureza?
O filho parou a auscultar a natureza e respondeu ao pai; sim pai, eu ouço o som da pequena cachoeira que há logo ali no igarapé e também ouço o cantar dos pássaros. Sim filho, isso mesmo, retrucou o pai impressionadíssimo com a resposta óbvia do jovem rapaz, além disso, tu ouves mais algum som? Perguntou o pai.
Novamente o filho parou a auscultar a natureza e respondeu ao pai, sim pai; eu ouço o barulho de uma carroça ao longe, na direção donde nasce o Sol. Ótimo filho replicou o pai satisfeitíssimo, entretanto filho; a carroça que está a vir está vazia, disse o pai.
O filho impressionadíssimo com a afirmativa do pai; interpela-o, mas pai, como podes saber se a carroça está vazia, haja vista que ela está a vir encoberta pela folhagem das plantas e ainda não podemos vê-la? O pai satisfeitíssimo com a interpretação lógica do filho esclarece, é que, quando a carroça está vazia faz muito barulho quando em movimento, justamente por falta de conteúdo.
Considerações: aquele que faz muito estardalhaço, nenhum conteúdo apresenta. Aquele que fala muito, pouco diz. Quando o vento faz muito barulho, indica que pouca chuva haverá.
Autor desconhecido:
Considerações e revisão de: Raimundo Chaves